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Pixies, Dave Matthews Band, Linkin Park e Incubus são confirmados em festival brasileiro

SWU Music and Arts, que havia sido anunciado como Woodstock brasileiro, terá 60 atrações; leia entrevista com Michael Lang, cofundador do festival lendário de 69 e colaborador do SWU

Da redação Publicado em 16/06/2010, às 23h38

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Pixies é uma das atrações confirmadas no festival SWU Music and Arts - Reprodução/Myspace oficial
Pixies é uma das atrações confirmadas no festival SWU Music and Arts - Reprodução/Myspace oficial

A primeira edição do festival SWU Music and Arts - que havia sido anunciado como a versão brasileira do Woodstock - foi divulgada durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 16, em São Paulo. O evento será realizado em 9, 10 e 11 de outubro, na fazenda Maeda, em Itu, a cerca de 70 km de São Paulo.

Dentre os 60 shows que serão realizados, quatro foram confirmados: Pixies, Incubus, Dave Matthews Band e Linkin Park - os dois últimos serão headliners do evento. O restante dos artistas internacionais e nacionais será revelado em breve. Mas os fãs de Pearl Jam já podem perder as esperanças: a banda - que cedeu uma música para a propaganda do evento - não poderá vir ao país devido ao casamento do vocalista Eddie Vedder.

A expectativa é de que 200 mil pessoas passem pelo evento, segundo informou o publicitário Eduardo Fischer, organizador do festival. Para isso, três áreas de camping estão sendo montadas para receber o público - com praça de alimentação 24 horas, banheiros com chuveiros e loja de conveniência. Espera-se que 8 mil pessoas por dia fiquem na área de camping e 16 mil na cidade (hotéis, pousadas, etc). Na estrutura de 200 mil metros quadrados serão montados três palcos e uma tenda eletrônica. De acordo com Fischer, as informações sobre os ingressos - preços, início das vendas e pontos de vendas - serão reveladas na semana que vem.

Segundo o publicitário, o SWU Music and Arts tem como base grandes eventos musicais internacionais, como Coachella (EUA), Glastonbury (Inglaterra) e Pinkpop (Holanda). De acordo com Fischer, naturalmente o evento também se espelha no Woodstock (apesar de ter divulgado em seu próprio Twitter informações e fotos que indicavam o interesse em trazer a marca para o Brasil, o empresário disse não ter cogitado fazer a versão brasileira do lendário festival de 1969) - tanto que um dos colaboradores da iniciativa é Michael Lang, um dos criadores do Woodstock, que esteve presente no evento desta quarta.

O festival faz parte da ação SWU - Começa com Você, iniciativa realizada pelo Grupo Totalcom, de Fischer, com o intuito de fazer um movimento em prol da sustentabilidade. Além das atrações musicais, serão realizadas exposições de arte e fóruns de debates sobre temas sustentáveis.

A ação SWU será realizada simultaneamente no Chile, com o festival Maquinaria, que não acontecerá este ano em território nacional.

Para mais informações, acesse o site oficial ou o Twitter do festival.

O cara do Woodstock

Na primeira fileira do auditório onde aconteceu a entrevista coletiva, estava Michael Lang, um dos fundadores do Woodstock. O produtor musical é um dos colaboradores na produção do SWU, ao lado de Kate Dohring, curadora do fórum de sustentabilidade, e do produtor-executivo David Saltz.

Em entrevista a Rolling Stone Brasil, Lang bateu na tecla da importância de realizar um movimento em prol da sustentabilidade. "Qualquer coisa relacionada à sustentabilidade vale a pena. O conceito deles [organizadores do SWU] era muito bom. É algo que saiu dos anos 60, época em que as pessoas se envolviam com essa questão. E este evento é sobre envolver as pessoas", disse. O maior conselho que o produtor deu aos organizadores do SWU foi de "ser preciso viver o conceito de sustentabilidade". "Todos devem ter isso em mente: em tudo que fizerem, e todas as áreas que trabalharem, é preciso pensar de maneira sustentável. E eles pegaram essa ideia imediatamente", completou.

Lang admitiu ter sugerido alguns artistas para fazer parte do line-up do evento. Na hora de pensar nos nomes, ele deu preferência para aqueles que são engajados socialmente. "É importante que todos ajudem nesse sentido, coloquem a mão no problema", disse. "Meu problema com o Live Earth foi que os artistas não eram muito envolvidos nas questões sustentáveis, estavam lá mais por ser um grande show. Aí participavam do Live Earth e era isso, depois desapareciam." Para Lang, "é preciso que os artistas estejam envolvidos nos problemas, para mostrar ao público que aquilo é realmente sério, que as pessoas estão ali por uma razão e que, além de entreter, eles estão lá para aprender também".

De acordo com o lendário produtor, a experiência de um festival como esse é diferente de qualquer outro show. "Você vive com as pessoas, faz amigos, se torna parte dessa comunidade", disse Lang, explicando o porquê de não ser tão difícil "conseguir fazer com que as pessoas se mobilizem a acampar por dois dias em uma fazenda".

Para finalizar a entrevista, Lang falou um pouco sobre o filme Aconteceu em Woodstock, lançado em 2009. "Eu achei um filme muito charmoso", disse, rindo. "[O diretor] Ang Lee fez um ótimo trabalho. Eu gosto dos extras, que mostram as crianças fazendo parte daquela comunidade."

Assista abaixo a entrevista completa, sem legendas, concedida por Michael Lang à Paulo Terron, editor da Rolling Stone Brasil: