Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Grammy 2014: por dentro da volta por cima da premiação

Como a maior noite da música conseguiu sair de uma sequência de audiências baixas e se tornou algo cool novamente

David Browne Publicado em 26/01/2014, às 17h33 - Atualizado às 18h38

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Daft Punk - Divulgação
Daft Punk - Divulgação

Há oito anos, o Grammy estava passando por dificuldades. Após anos vendo a audiência subir e descer, a transmissão da cerimônia de 2006 teve uma queda vertiginosa, ao ponto de ter tido metade da audiência do episódio de American Idol que foi exibido naquela noite, nos Estados Unidos. O Grammy nunca tinha dado uma impressão tão ruim quanto nessa época. Mas a Academia de Gravação foi capaz de reverter essa tendência de forma definitiva nos últimos anos. Basicamente, fez isso voltando a dar ênfase em performances imperdíveis de grandes artistas, de Lady Gaga a Bob Dylan – e cortando o número de entregas de prêmios durante a transmissão para um quinto, em comparação ao que era mostrado antes na TV. A transmissão reinventada agora consegue todo ano trazer 25 milhões de espectadores, um número consideravelmente mais alto do que a média de um episódio de Idol. “Pode soar como uma heresia para a Academia de Gravação, mas o meio é a televisão”, diz Ken Ehrlich, o produtor de longa data da premiação. “Não há dúvida de que o Grammy se tornou um programa [de TV] de performances.”

Grammy 2014: músicos e produtores opinam sobre os possíveis vencedores.

Quando a 56ª edição do Grammy for ao ar, na noite deste domingo, 26, os telespectadores verão performances únicas de Daft Punk (foto) com Stevie Wonder; Metallica com o pianista clássico Lang Lang; Madonna com Macklemore & Ryan Lewis, além de Paul McCartney, Katy Perry, Ringo Starr, Lorde, Pink, Taylor Swift, John Legend, Keith Urban, entre outros. O esforço para juntar artistas em combinações surpreendentes surgiu da mente de Neil Portnow, que é presidente da Academia de Gravação desde 2002. “Você quer diversidade, em termos de como essas performances serão – então pega, por exemplo, um nome muito clássico e junta com um novato”, diz Portnow. “É um programa de televisão, e nem tudo que constitui ótima música se traduz em ótima programação de TV.”

Grammy 2014: você não vai acreditar, mas essas 12 pessoas têm um gramofone em casa.

Para os artistas, conseguir uma vaga boa para se apresentou se tornou algo mais do que desejável do que de fato ganhar um Grammy. “Se apresentar é um milhão de vezes melhor do que um troféu na sua prateleira”, diz Dan Reynolds, vocalista do Imagine Dragons, que fará um medley com Kendrick Lamar, este ano. Lembro quando vi o Mumford & Sons se apresentando no Grammy. Saí e fui comprar o disco deles.”

Galeria: dez grandes shows da história do Grammy.