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Por que Matrix 2 e 3 foram tão ruins (e o que esperar do novo filme)?

Matrix: Reloaded e Matrix: Revolutions não chegaram nem perto da qualidade do primeiro filme, tanto para público e crítica

Redação Publicado em 21/02/2020, às 11h24

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Keanu Reeves em Matrix: Reloaded (foto: reprodução/ Warner)
Keanu Reeves em Matrix: Reloaded (foto: reprodução/ Warner)

Matrix: Reloaded (2003) e Matrix: Revolutions (2003) conseguiram bilheterias extraordinárias, mas decepcionaram muitos fãs e a crítica especializada. É claro que os filmes têm ainda qualidades: as cenas de ação continuaram incríveis e os efeitos especiais eram o ápice do que a indústria poderia fazer, mas a história tomou rumos muito questionáveis.

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Explicamos abaixo quais foram os erros das continuações de Matrix (1999), apontados pelo site ScreenRant e também especular sobre que pode-se esperar do retorno da franquia estrelada por Keanu Reeves.


O mundo de Matrix ficou maior, mas não melhor

O primeiro Matrix tomou as escolhas certas no quesito escala. Apresentar um mundo virtual que as máquinas usam para escravizar a humanidade enquanto o mundo real está em ruínas já seria muita coisa para o público processar, então contar a jornada pessoal de Neo nessa realidade bizarra foi uma escolha acertada.

Quando Matrix: Reloaded tirou o foco da história de Neo e o posicionou o protagonista como apenas mais uma peça em tabuleiro muito maior, a narrativa perdeu boa parte do apelo. Dezenas de personagens novos (da cidade de Zion e da Matrix) vem para apenas entregar diálogos vagos e conduzir o roteiro adiante.

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Ironicamente, os personagens novos foram tão robotizados e sem profundidade como programas de computador e Neo, Trinitye Morpheus não tiveram tempo suficiente para desenvolver os arcos de forma satisfatória.


Matrix 2 e 3 deveriam ter sido apenas um filme


Sejamos francos, não restava história suficiente para dois filmes para contar. Sequências como a guerra em Zion dos humanos contra as máquinas, ou da visita de Neo a casa do programa Merovíngio são excessivamente longas, fazendo a proeza de tornar chato e até monótono uma produção associada a ação eletrizante e conceitos filosóficos intrigantes.

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Encurtar a trama e remover vários dos personagens coadjuvantes (talvez migrar eles para a aclamada minissérie animada Animatrix) e resumir tudo em apenas um filme teria sido o ideal para Matrix.


As continuações acabaram com o mistério e com a magia

O final de Matrix é ambíguo e fascinante. A cena final de Neo ameaçando o próprio sistema da Matrix, voando para o horizonte ao som de, é claro, “Wake up”, do Rage Against The Machine, é icônica e deixou os fãs bem satisfeitos, apesar de sedentos por mais.

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A franquia recém-nascida tinha então uma tarefa difícil: continuar a trama mesmo após o espetacular desfecho, mas sem perder o encanto. Não foi o que aconteceu: todo o mistério de como a profecia da Oráculo funcionava, como Neo era tão poderoso e o destino da humanidade foi explicado na infame cena do monólogo do Arquiteto em Matrix: Reloaded.

A explicação chata e por vezes incompreensível foi uma perda de qualidade imensa, já que o primeiro filme falava profundamente de filosofia e espiritualidade sem perder a dinâmica e com cenas capazes de comunicar sem palavras. 


Agora, o que esperar de Matrix 4?

Por fim, há certos males que vêm para o bem. O fracasso dos filmes 2 e 3 deixaram uma extensa lista de coisas que não devem ser feitas para a diretora Lana Wachowski, além de um dever muito complicado: voltar as origens, mas sem fazer mais do mesmo.

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Toda a história da luta da humanidade pela liberdade deve ser abordada, mas pelos olhos de uma trama mais simplificada e orientada pela ação de Neo. O carisma enorme conquistado por Keanu Reeves é uma ajuda importante nessa missão, mas é necessário incluir, na medida certa, conceitos novos e bem executados.

Mais importante de tudo, Matrix 4 precisa capturar com a mesma precisão o espírito e novas preocupações da década de 2020, assim como o primeiro filme fez de forma magistral na virada do milênio e colocou milhões de pessoas para questionar se a realidade na qual vivemos é uma simulação.


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