Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Qual será o futuro de The Walking Dead?

Vinte e sete personagens devem morrer no fim da temporada atual do megassucesso – e isso é só o começo

David Peisner / Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 28/03/2013, às 17h39 - Atualizado às 18h56

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
The Walking Dead - Gene Page/Divulgação
The Walking Dead - Gene Page/Divulgação

Em outubro do ano passado, Glen Mazzara se preparava para a estreia da terceira temporada de The Walking Dead, exibida no Brasil pelo canal pago Fox – seria a primeira temporada completa dele no comando da série que retrata as dificuldades dos sobreviventes de um apocalipse zumbi – e ele se sentia praticamente invencível. “Estou muito feliz”, contou Mazzara à RS, depois de assumir o posto do criador da série, Frank Darabont, um ano antes. “Todos estão sintonizados. Me sinto como um garoto em uma loja de doces.” Dois meses depois, Mazzara estava fora do cargo de showrunner, substituído por um dos roteiristas, Scott Gimple. Não houve mágoa no processo, mas uma mudança assim no meio da temporada claramente é sintoma de uma série que perdeu o rumo, certo?

Não exatamente. The Walking Dead continua um devastador sucesso de audiência. É o drama mais assistido da história dos canais a cabo norte-americanos, e atualmente atrai mais espectadores na faixa etária de 18 a 49 anos do que qualquer outro programa. Mazzara credita sua saída a “diferenças criativas”, mas a mudança não parece ter impactado a série muito mais do que a saída consideravelmente menos amigável do predecessor dele afetou a temporada anterior. É como se The Walking Dead fosse como as hordas de mortos-vivos que documenta em seus episódios: claro, você pode matar um ou outro, mas como um todo se trata de uma força incansável e irrefreável.

Com a proximidade do fim da terceira temporada, dois acampamentos de sobreviventes – um em uma prisão, liderado por Rick Grimes, um policial de uma cidade de interior; o outro em uma cidade murada regida por um astuto sociopata conhecido como Governador – estão aparentemente rumando para uma guerra um contra o outro. “Temos duas comunidades de gueto lutando pelas próprias vidas”, diz David Morrissey, que interpreta o Governador. “Se pelo menos eles pudessem juntar forças, mas os egos das duas partes não permitem que isso aconteça”.

Os dez melhores filmes de zumbi.

Grimes, que é interpretado pela estrela do show, Andrew Lincoln, passou a maior parte da temporada enlouquecido, perseguindo visões da esposa adúltera morta. Nas últimas semanas, entretanto, ele emergiu de seu estresse pós-traumático para guiar seu bando de renegados através dos desafios da sobrevivência no fim dos tempos, um desenvolvimento muito bem-vindo de acordo com Lincoln. “É bom poder sair dando porrada de novo”, diz ele. “Rick é um líder. Precisa estar sempre agindo, salvando pessoas.”

De acordo com Robert Kirkman, roteirista, produtor executivo da série e autor dos quadrinhos em que ela se baseia, o resto da temporada continuará no mesmo ritmo vertiginoso visto até agora. “Os episódios todos tratam deste conflito crescente entre o Governador e Rick”, ele conta. “É sobre descobrir quem é aliado de quem. Há algumas surpresas na manga quanto a quem vai fazer o que de que lado. As revelações serão chocantes”.

Os momentos mais nojentos da primeira parte da terceira temporada de The Walking Dead.

Para o episódio final, Lincoln promete muito sangue. “Vinte e sete pessoas morrerão”, ele diz. “Vai ser intenso. O final vai ser uma loucura”. É seguro apostar que entre as 27 mortes estarão alguns personagens centrais do elenco. Parte do charme de The Walking Dead é a predisposição em despachar até mesmo os personagens mais queridos. “A realidade é que ninguém está a salvo”, diz Morrissey. “Mas é assim que as coisas são.”

Na próxima temporada, diz Kirkman, o público pode esperar mudanças. “Não vamos diminuir o ritmo, mas se tenho alguma crítica quanto à terceira temporada, é que não focamos o suficiente no desenvolvimento dos personagens”, diz. “Vamos tentar ampliar as coisas um pouco neste departamento.” Ele aponta “Clear”, um dos episódios mais bem recebidos esse ano, que mostrava uma viagem de Grimes, o filho dele, Carl, e Micchone com sua espada samurai, como um modelo para as mudanças que virão: “Vamos focar em menos personagens por episódio”. Não coincidentemente, “Clear” foi escrito pelo novo showrunner, Gimple.

Lincoln já teve algumas conversas sobre o rumo que o personagem dele seguirá daqui por diante, mas como ele mesmo coloca, “não posso contar nada porque eles me matariam se eu fizesse isso”.