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Queens Of The Stone Age no SWU

Banda californiana capitaneada por Josh Homme faz show apoteótico no último dia do festival, em Itu

Por Patrícia Colombo Publicado em 12/10/2010, às 13h55

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Queens of the Stone Age fez show apoteótico no último dia de SWU - Divulgação
Queens of the Stone Age fez show apoteótico no último dia de SWU - Divulgação

Josh Homme é um cara imponente e não está lá para brincadeira. Nada de firulas na apresentação do Queens Of The Stone Age. A banda compôs setlist de peso para o SWU, na noite desta segunda, 11. Se todos os artistas que tivessem 50 minutos de atraso em suas apresentações por problemas técnicos fizessem um show como o que a banda fez em Itu, certamente poucas pessoas se importariam de ficar um tempinho a mais em pé, no aperto da pista.

A idade do frontman (37 anos) tem sido revelada em sua barba, que, no lugar do ruivo natural, está cada vez mais branca. Porém, no caso de Homme, nada mais benéfico. O vocalista integra aquele time dos caras que com o tempo e com as experiências da vida ficam cada vez melhores. Gentil, agradeceu ao longo da noite a recepção do público brasileiro ao som da banda. "Eu queria poder conseguir demonstrar como nos sentimos por estar aqui, mas a única coisa que posso dizer é 'obrigado'", falou ele, arriscando o português no agradecimento. Na realidade, Homme sabe bem o que o que a plateia quer. "A melhor maneira de demonstrar é tocar para vocês."

Por mais estranho que isso possa soar, talvez uma das sensações mais prazerosas para quem comparece a um show de rock é aquela de ter os ouvidos agredidos pelo alto volume e pelas pauladas das caixas de som. É claro que ficar surdo não é bom, mas a questão aqui vai mais para o lado emocional, já que a empolgação de se sentir inevitavelmente como parte integrante da música acaba compensando qualquer grana gasta a mais nos abusivos valores de ingressos para apresentações ao vivo hoje em dia.

E o show do QOTSA no SWU foi bem por aí. Cada movimento de Joey Castillo na bateria deixava a impressão de uma voadora com dois pés no peito de quem estava mais próximo do palco, sobretudo na pista Premium. Com faixas como "Feel Good Hit of the Summer", "The Lost Art Of Keeping A Secret", "3's & 7's", "Sick Sick Sick", "In My Head", "Go With The Flow" e "No One Knows", a banda passou pelo elogiadíssimo disco Rated R (2000), além de Songs for the Deaf (2002), Lullabies to Paralyze (2005) e Eras Vulgaris (2007).

Mesmo com o atraso e com problemas em dois dos quatro telões - que em um dos momentos do show pararam de funcionar -, Josh Homme e companhia, durante uma hora de apresentação, colocaram o peso de suas músicas em repertório coeso, que arrancou gritos de aprovação ao final de cada faixa e diálogos de entusiasmo quando a banda já não mais se encontrava no palco, às 22h50.

Assista abaixo a um trecho do show: