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O humorista e o violão

Rafael Cortez, do CQC, fala sobre seu primeiro álbum de violão clássico, Elegia da Alma

Por Patrícia Colombo Publicado em 10/06/2011, às 18h04

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Rafael Cortez, conhecido como repórter do <i>CQC (Custe o Que Custar)</i>, lança álbum instrumental, autoral e independente - Divulgação
Rafael Cortez, conhecido como repórter do <i>CQC (Custe o Que Custar)</i>, lança álbum instrumental, autoral e independente - Divulgação

Hoje ele é conhecido por desempenhar o papel de repórter, integrando o time do CQC (Custe o Que Custar), e por seu show solo de humor que corre o Brasil (o De Tudo Um Pouco). Porém, antes de entrevistar celebridades nacionais e internacionais em diversos eventos desde 2008, quando o programa televisivo estreou, Rafael Cortez caminhava pela música, sempre acompanhado de um violão. Tornou-se famoso na TV, mas nem por isso largou o instrumento. A prova disso é o lançamento do primeiro álbum dele, Elegia da Alma.

Não espere ouvir nada pop ou engraçadinho no violão de Cortez. O álbum apresenta faixas instrumentais e autorais. "Sou conhecido como humorista e as pessoas estranham quando eu falo que tenho um trabalho musical. Quase todo mundo acha que eu sou cantor e que tenho uma coisa meio na linha do Mamonas [Assassinas]", brinca ele, em entrevista à Rolling Stone Brasil. Elegia da Alma traz 15 composições, elaboradas pelo músico entre os anos de 1996 e 2010. Em 2005, ele gravou uma demo.

Vindo de uma família de artistas, Rafael Cortez começou a tocar violão aos 17 anos. "Eu era um moleque muito depressivo, tive uma adolescência chata. Um dia, fui em uma rodinha com uns amigos e achei o violão a coisa mais legal do mundo, então comecei a estudar violão popular", relembra. Tempos depois se interessou por tocar violão clássico e passou a dedicar seu tempo a isso. "Achei por um bom tempo que seria concertista. Só caí na real quando fui reprovado em um vestibular de violão da UNESP, que tinha quatro vagas. Eu fiquei em sexto lugar."

Elegia da Alma foi todo bancado por Cortez, sendo lançado de forma independente. "Em 2005, quando lancei a demo, levei em todas as gravadoras e não entrei nem pela garagem. Nem o estagiário falava comigo. O fato de hoje eu ser do CQC fez com que eu tivesse reuniões com os diretores artísticos das principais gravadoras", ele conta. Apesar de bem recebido pelas majors, a parceria acabou não indo para frente, devido ao formato não comercial do álbum. "O violão instrumental é marginal, e se torna ainda mais se você opta por um repertório autoral."

Este, aliás, é outro aspecto do trabalho. Como Cortez mesmo afirma, ele poderia ter se empenhado em fazer arranjos de obras de outros compositores ou pegar coisas da bossa nova, mas, com intuito de fomentar o restrito mercado dos violonistas instrumentais, trabalhou em suas próprias canções. "Entre os violonistas, a maior dificuldade do instrumento não é nem tocá-lo, mas ter repertório. Pouca gente escreve para violão. Há uma carência no mercado de músicas novas. Meu sonho, quando comecei a estudar, era ter uma obra, mesmo que pequena", explica.

O show de lançamento de Elegia da Alma acontece no próximo dia 15 de junho, no teatro TUCA, em São Paulo. Veja mais informações abaixo.

Show de lançamento de Elegia da Alma

15 de junho, às 21h

TUCA - Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes

Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada)

Venda: na bilheteria do teatro ou pelo site: www.ingressorapido.com.br