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Representantes de Metallica e Arcade Fire criticam plano da NFL de “pagar para tocar” no Super Bowl

Liga de futebol americano estaria vendendo o famoso show no intervalo da final

Rolling Stone EUA Publicado em 22/08/2014, às 17h17 - Atualizado às 17h42

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metallica - James Hetfield - Jorge Saenz/AP
metallica - James Hetfield - Jorge Saenz/AP

Os supostos planos da NFL de fazer com que os artistas pop pagassem para tocar no intervalo do Super Bowl (final do torneio de futebol americano) só serão colocados em prática se as bandas quiserem. E diversas fontes do mercado musical dizem que eles não pagarão. “O show do intervalo está à venda”, diz Dennis Arfa, representante do Metallica, Billy Joel e Rush. “Se eu fizesse parte de uma jovem banda, e tivesse um patrocinador bilionário, compraria minha apresentação no Super Bowl – todos me conheceriam após o show. Mas Paul McCartney irá pagar? Duvido.”

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As reportagens dão conta de que a NFL sugeriu ao Coldplay, Katy Perry e Rihanna que eles se submetessem a “pagar para tocar”, com ofertas de valores desconhecidos, durante o intervalo do jogo final da liga. Os representantes desses artistas não retornaram o contato da Rolling Stone EUA.

O show no Super Bowl é uma das possibilidades mais rentáveis de aparecer na TV – depois de se apresentar este ano, Bruno Mars deu começou uma turnê mundial que angariou US$ 43 milhões até o meio do ano, de acordo com a Pollstar. Já a turnê de Beyoncé após o Super Bowl, em 2013, arrecadou US$ 180 milhões. “Obviamente, é uma explosão de marketing tocar no intervalo do Super Bowl”, diz David T. Viecelli, agente de Arcade Fire, Mumford & Sons e St. Vincent. “Mas espero que todo mundo os mande ao inferno.”

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A NFL não dará mais detalhes. “Nós acabamos com Janet Jackson”, brinca um assessor da empresa, referindo-se à exposição acidental de um dos seios da cantora durante a performance de 2004. “Mas além daquilo, não entramos em discussões artísticas”. Entretanto, o assessor enviou um e-mail de 1300 palavras destacando como os shows do Super Bowl recentes têm sido rentáveis aos artistas – as faixas da Madonna cresceram 165% em 2012, o The Who avançou 392% em 2010.

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Agentes e empresários dizem que o Super Bowl geralmente cobre os custos da produção, mas não paga os artistas – o evento atingiu o recorde de 112 milhões de telespectadores em 2014, batendo de longe todos os outros programas de TV, o que pode ser uma pista do motivo que fez a NFL querer cobrar pela aparição dos artistas.

“Não tenho certeza de que músico, em condições normais, abriria mão de uma turnê para tocar no Super Bowl. Se a NFL quer cobrar os artistas para tocar, eu, simplesmente, vou levar os nomes que represento para um programa concorrente, em outro canal, e criar o nosso próprio show do intervalo”, diz Troy Carter, representante de John Legend, John Mayer e Meghan Trainor.

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“Digamos que você coloque Rihanna, Lady Gaga, Beyoncé e Meghan Trainor em um show durante o intervalo – tenho certeza que você teria uma grande audiência”. Outro assessor de artistas de destaque, que pediu para não ser identificado, afirmou: “Com o rendimento gerado por todos os patrocinadores que o Super Bowl tem, parece um pouco estranho. Estou tentando entender a razão.”