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Robin Thicke e Pharrell Williams recorrem de decisão e vão “dormir tranquilos” afirmando que não plagiaram “Blurred Lines”

“A posição deles é firme, consistente, de que eles compuseram a canção sem contribuição de ninguém”, diz advogado

Kory Grow/Redação Publicado em 12/03/2015, às 20h12 - Atualizado em 13/03/2015, às 11h49

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Pharrell Williams - AP
Pharrell Williams - AP

O advogado Howard King, que representa Robin Thicke e Pharrell Williams no caso de “Blurred Lines”, diz que, independente do veredito contra os clientes dele, eles estão tranquilos de que o hit de 2013 não é uma cópia de “Got to Give It Up”, de Marvin Gaye. Eles irão recorrer à condenação da última quarta, 11, que determinou que eles terão de pagar US$ 7,3 milhões (pouco mais de R$ 22 milhões) ao espólio de Gaye por plágio.

Relembre músicos que se aventuraram no mundo da moda; entre eles, Pharrell Williams.

“A posição deles é firme, consistente, de que eles compuseram a canção apenas com coração e alma e sem contribuição de ninguém, seja Marvin Gaye ou outra pessoa qualquer”, diz o advogado à Rolling Stone EUA.

King acrescenta: “Eles dormem tranquilos sabendo que não copiaram a música. Acredito não apenas para eles, mas para todas as pessoas criativas. Eles irão pensar sobre isso e chegar a uma conclusão que será bem diferente do veredito do juiz.”

Fã de Marvin Gaye encontra passaporte do músico em vinil.

Os herdeiros de Gaye, assassinado em 1984 pelo próprio pai, processaram Robin Thicke e Pharrell Williams por cópia de “Got to Give It Up”, gravada em 1977. “Neste momento eu me sinto livre. Livre das correntes de Pharrell Williams e de Robin Thicke, e das mentiras que foram ditas”, disse a filha do cantor, Nona Gaye.

Richard Busch, representante da família, afirmou à Rolling Stone EUA que tentará impedir a venda e a distribuição de “Blurred Lines”, que arrecadou US$ 16,5 milhões, segundo documentos da corte. Busch admite a possibilidade de um acordo a respeito da divisão de ganhos futuros com a canção.

Morre aos 92 anos Anna Gordy Gaye, ex-esposa de Marvin Gaye.

“Sinto que desapontei os compositores ao redor do mundo ajudando a estabelecer este precedente terrível de que alguém pode fazer uma queixa baseada no princípio de que uma canção soar exatamente igual a outra, sendo que são substancialmente diferentes – e se eles acharem oito pessoas que não entendem de música, eles podem ganhar”, diz o advogado.

King, então, explica-se melhor: “As gravadores ficarão muito mais reticentes em lançar novas músicas boas que são parecidas com o estilo de uma outra música por medo de que receberão uma queixa, incluindo falsas queixas. Quero dizer, por que alguém não faz uma queixa agora mesmo?”.

Pharrell Williams e Robin Thicke compareceram ao tribunal na semana passada para se defender. Na ocasião, Williams chegou a admitir que quando se ouve as duas músicas, “parece que você está tocando a mesma coisa”. Ainda assim, sustentou que não se tratava de plágio.

Thicke cantou e tocou piano diante dos jurados e disse que estava intoxicado quando deu declarações anteriores sobre a influência de Marvin Gaye na composição da polêmica faixa. O músico ainda afirmou que estava enganado ao reivindicar parte do crédito da autoria dela.

Ouça essa montagem das duas músicas: