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Roman Polanski pretende voltar aos Estados Unidos para resolver caso de estupro pendente na justiça

O diretor franco-polonês quer encerrar o escândalo oficialmente

Redação Publicado em 17/02/2017, às 18h36 - Atualizado às 20h59

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Exposição <i>Roman Polanski. Ator. Diretor</i> abrirá no Rio de Janeiro neste domingo - AP
Exposição <i>Roman Polanski. Ator. Diretor</i> abrirá no Rio de Janeiro neste domingo - AP

Foragido dos Estados Unidos desde 1978, Roman Polanski pretende retornar ao país na semana que vem para encerrar caso de pedofilia. De acordo com o site TMZ, Harland Braun, advogado do cineasta franco-polonês, enviou à Suprema Corte do Condado de Los Angeles (onde o crime aconteceu, em 1977) um pedido para abrir a transcrição secreta do depoimento do promotor que conduz o caso.

Segundo o advogado do diretor responsável por filmes como O Bebê de Rosemary e Chinatown, o testemunho assinado pelo juiz do processo dará respaldo ao suposto acordo que Polanski teria feito para ser preso por 48 dias pelo estupro. Na época, o diretor permaneceu apenas 42 dias preso. Pouco antes de dar o tempo da sentença, o juiz Laurence Rittenband recusou negociar com Polanski, decidindo que ele deveria ser preso por 50 anos pelas seguintes acusações: estupro com uso de drogas, perversão, sodomia, atos libidinosos com uma criança com menos de 14 anos e fornecimento de drogas controladas a um menor de idade.

Ao saber da pena, Polanski fugiu para a Europa. Em 2009, ele ainda foi preso em Zurique (Suíça), permanecendo em prisão domiciliar. Entretanto, foi liberado 334 dias após o encarceramento, uma vez que as autoridades suíças optaram por não extraditá-lo aos Estados Unidos.

Passados 40 anos do caso, o advogado do cineasta quer encerrar as negociações do processo para que Polanski possa circular sem qualquer impedimento pelo continente europeu, visitar a filha que vive em Londres (Inglaterra) e também rever o túmulo da esposa Sharon Tate – morta grávida, em 1969, em uma chacina promovida pela Família Manson dentro da própria casa da atriz – que está enterrada na cidade californiana onde corre o processo

Samantha Geimer, vítima de Polanski, hoje com pouco mais de 50 anos, pediu para que o caso seja encerrado sem que o diretor seja preso. O estupro aconteceu durante um ensaio fotográfico para a revista Vogue. O cineasta fotografava Samanha na casa do ator Jack Nicholson, que estava longe, de férias. No segundo dia de ensaio, Polanski sedou e violentou Samantha.

“Eu o entendo. Ele tinha mulher e filhos. Não sei se posso dizer que é pena, acho que é mais empatia, de alguém que entende uma pessoa que passou por uma má experiência", disse Samantha em uma entrevista ao UOL na qual promovia o livro A Menina, publicado no Brasil pela editora Leya.