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Rush na tela grande

Vida e obra do trio canadense são desvendadas no documentário Beyond the Lighted Stage, que ganha exibição única em quatro capitais nesta quinta, 17

Por Paulo Cavalcanti Publicado em 17/06/2010, às 10h50

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Em <i>Beyond the Lighted Stage</i>, os reservados integrantes do Rush relembram sua carreira e o mito em torno da banda - Reprodução/Site oficial
Em <i>Beyond the Lighted Stage</i>, os reservados integrantes do Rush relembram sua carreira e o mito em torno da banda - Reprodução/Site oficial

Somente nesta quinta, 17, os fãs do Rush poderão conferir o documentário Beyond the Lighted Stage nos cinemas. O filme será exibido às 21h, em nove salas da Rede Cinemark, no Rio de Janeiro (Downtown e Botafogo), São Paulo (Eldorado, Metrô Santa Cruz, Osasco, Center Norte e Santo André); Brasília (Píer 21) e Porto Alegre (Ipiranga). Se houver demanda, novas sessões podem ser programadas. Dirigido por Sam Dunn e Scot McFadyen, os mesmos de Iron Maiden: Flight 666, o documentário mostra, por meio de cenas de arquivo e entrevistas, a saga de mais de 40 anos vivida por Geddy Lee (baixo, teclados, vocais), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria), desde o início em Toronto (Canadá), chegando até os dias de hoje.

Claro, documentários sobre bandas de rock não são nenhuma novidade, mas o ponto positivo de Rush: Beyond the Lighted Stage é mostrar um pouco de uma banda que, apesar de ter vendido milhões de discos e ainda lotar estádios ao redor do mundo, ainda é uma espécie de ponto de interrogação. Os membros do Rush são quietos, cultos, reservados e nunca gostaram de se abrir. Ao contrário dos típicos rockstars, eles não se importam em sair em colunas sociais e também não se notabilizaram por excessos ou escândalos. E apesar dos avanços musicais do Rush, a crítica sempre bombardeou a banda, acusando-os de "pretensiosos" e "aborrecidos". Gene Simmons, do Kiss, até fala: "Nós excursionamos com o Rush no começo dos anos 70. Nós enchíamos o quarto de groupies. Os caras do Rush ficavam sozinhos vendo TV. Pensávamos que eles eram gays".

Parece que por muito tempo gostar do Rush era considerado algo vergonhoso, mas agora muita gente boa está saindo da toca. No documentário, o ator Jack Black, Kirk Hammett (Metallica), Billy Corgan (Smashing Pumpkins) e Trent Reznor (Nine Inch Nails) são alguns dos ilustres que falam como a música do Rush mudou suas vidas. Uma parte do documentário é dedicada aos fãs, nerds assumidos capazes de fazer tudo pelo trio.

Os integrantes do Rush também ressaltam que a passagem pelo Brasil em novembro de 2002 foi muito importante para eles - o show em São Paulo, no Estádio do Morumbi, foi o maior da carreira do grupo até hoje. Este período marcou o retorno do Rush aos palcos. O grupo ficou alguns anos separado, já que o baterista Neil Peart entrou em uma grave crise pessoal. A filha e a esposa de Peart morreram em um espaço de um ano e o músico pirou, viajando sozinho e incógnito em sua motocicleta pelos Estados Unidos afora. Peart, que é o letrista da banda, também assume ter fobia de estranhos e justifica seu comportamento rude e antissocial, principalmente depois da perda de seus familiares. Rush: Beyond the Lighted Stage é imperdível para quem se interessa pelos enigmáticos canadenses.