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Secretário da Cultura demitido usou trecho de ópera que 'mudou a vida de Hitler' em vídeo; entenda a obra de Wagner

Adaptada pelo maestro alemão Richard Wagner, a ópera estreou na Alemanha em 1850

Redação Publicado em 17/01/2020, às 12h56

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Roberto Alvim, secretário da Cultura (Foto:Reprodução)
Roberto Alvim, secretário da Cultura (Foto:Reprodução)

Na última quinta, 16, Ricardo Alvim, secretário da Cultura do governo Bolsonaro, foi ampla e duramente criticado por não apenas citar Joseph Goebbels (braço direito de Hitler) em um vídeo oficial da Secretaria Especial da Cultura, mas também usar como trilha sonora parte da ópera favorita do ditador alemão.

Mas afinal, do que se trata essa obra? E por que Hitler se apegou tanto à composição?

A ópera se chama Lohengrin, nome dado também ao protagonista da história. Composta pelo maestro alemão Richard Wagner, a obra é a adaptação de uma história medieval que faz parte do Ciclo Arturiano, ciclo literário que compõe a lenda referente ao Rei Artur e os cavaleiros dele.

+++Leia mais: Secretário da Cultura cita Goebbels, braço direito da Alemanha nazista de Hitler, é repudiado e responde: "Coincidência"

A trama acopanha o personagem titular, um cavaleiro do Santo Graal, que é enviado em um barco puxado por cisnes para resgatar uma donzela que nunca pode saber a verdadeira identidade dele. 

A adaptação de Wagner estreou em Weimar, na Alemanha, em 28 de agosto de 1850, e na autobiografia Mein Kampf (ou Minha Luta), publicado pela primeira vez em 1925, Adolf Hitler deixou clara a admiração que sentia pelo compositor.

No livro, o ditador alemão até elege Lohengrin como a ópera que mudou a vida dele, após assistí-la pela primeira vez aos 12 anos de idade. Além disso, ainda utilizou a obra e o esplendor heróico que a permeia como instrumento de propaganda nacional-socialista e para propagar o discurso de ódio (que resultou na morte de aproximadamenteseis milhões de judeus) presente na campanha política e no tempo dele como Führer da Alemanha nazista, entre 1934 e 1945.


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