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Segundo dia do Telefônica Sonidos 2011 leva sonoridade plural ao Jockey Club

Banda multicultural do cubano Omar Sosa se junta ao brasileiro Jaques Morelenbaum em apresentação desta quinta, 25

Patrícia Colombo Publicado em 26/08/2011, às 09h33 - Atualizado às 13h59

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Segundo dia do Telefônica Sonidos contou com show do cubano Omar Sosa junto ao brasileiro Jaques Morelenbaum - Foto: Fernando Hiro
Segundo dia do Telefônica Sonidos contou com show do cubano Omar Sosa junto ao brasileiro Jaques Morelenbaum - Foto: Fernando Hiro

O festival Telefônica Sonidos deu sequência à sua programação nesta quinta, 25, no Jockey Club de São Paulo, com show do pianista cubano Omar Sosa, junto ao violoncelista brasileiro Jaques Morelenbaum. O contexto do evento é estabelecer em palco a junção de artistas de diferentes países latinos, unindo sonoridades plurais.

A capital paulista não se encontrava tão fria quanto na noite anterior (o festival teve início nesta quarta, 24, com apresentação do cubano Chucho Valdés com o brasileiro Hamilton de Holanda; leia aqui). Assim, os cobertores entregues como brindes pela produção do Sonidos acabaram não sendo utilizados pela maioria das pessoas. Como já comentado aqui neste site, o palco Jazz Latino (onde estavam acontecendo tais shows nestes dois primeiros dias) foi montado de forma suspensa, no local onde acontecem as corridas de cavalos. Os presentes puderam desfrutar, portanto, de uma bela vista da estrutura com a Marginal Pinheiros, com sua paisagem composta por carros, trens e grandes prédios, ao fundo - o contraste da iluminação colorida do palco com as lâmpadas amareladas da rua ajudava a compor um cenário quase que hipnótico, se somado à sonoridade produzida pelos artistas ao longo da noite.

A apresentação de Omar Sosa, programada para ter início às 21h30, começou às 22h, com a entrada dele e de sua banda, os Afreecanos. “É um prazer estar em São Paulo pela segunda vez”, disse Omar, em certo momento da noite. “Obrigado por estarem aqui.” Representando o Brasil, Jaques Morelenbaum, comandando o violoncelo, só foi introduzido ao time de músicos quando o relógio marcava 22h35. A competente banda multicultural do cubano (há ali gente de Moçambique, Estados Unidos, Alemanha) parece representar bem a diversificação do som executado por eles mesmos. A sonoridade experimental produzida traz elementos eletrônicos, forte peso de percussão, metais marcantes, piano, clarinete, flauta transversal, escaleta e até barbatuques. Às vezes com um pé mais firme no jazz, em outros momentos na world music – indo de faixas predominantemente instrumentais mais agitadas à mais introspectivas (somente com piano e violoncelo). Entre as canções executadas, estiveram “Eleggua”, “Metisse” e “Across África”.

No quesito desrespeito, era possível, durante o show, ouvir risadas e conversas altas por parte de algumas pessoas da plateia - que provavelmente devem ter comparecido ao evento mais com o intuito de marcar presença e “serem vistas” do que propriamente ouvir a boa música em execução. O local não estava tão cheio quanto no primeiro dia e alguns foram embora antes do término da apresentação, que ocorreu às 23h40, sem bis.