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Segundo empresa, ex-funcionária da Sony está envolvida nos ciberataques sofridos pelo estúdio

FBI reitera que culpa é da Coreia do Norte

Redação Publicado em 01/01/2015, às 16h46 - Atualizado às 18h45

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A Entrevista - Reprodução
A Entrevista - Reprodução

O ano começa com novidades sobre o caso de ciberataques sofridos pela Sony Pictures. A empresa especializada em segurança na internet Norse Corp, encarregada de conduzir uma investigação sobre o incidente, afirmou que identificou seis pessoas envolvidas no episódio. Entre elas, está uma ex-funcionária do estúdio, que vive nos Estados Unidos, além de haver atuações vindas da Tailândia, de Cingapura e do Canadá.

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Nesta quarta-feira, 31, o FBI - com base no relatório - divulgou um comunicado reiterando as suspeitas de que o ataque teve origem na Coreia do Norte. Segundo informações do site TheWrap, a ex-funcionária da Sony tem "extenso conhecimento" da rede e das operações da empresa. Kurt Stammberger, vice-presidente da Norse, diz no relatório que as ações foram coordenadas com uso do conhecimento da ex-empregada do estúdio.

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"Essa mulher estava precisamente na posição ideal e tinha o profundo conhecimento técnico de que precisava para localizar os servidores específicos que foram comprometidos", contou Stammberger ao CBS News. "Lena", como é conhecida a mulher, teria ligações com o grupo de hackers autointitulado Guardiões da Paz.

Entenda o caso

A Sony tinha decidido cancelar a estreia nos cinemas de A Entrevista – filme sobre jornalistas que recebem a missão de assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un – por causa de ameaças terroristas. Posteriormente, após diversas celebridades e o presidente Barack Obama criticarem a posição da empresa, a Sony voltou atrás.

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O NY Times informou que o ataque hacker, que levou ao vazamento de filmes inéditos e informações das contas de e-mail de executivos, foi patrocinado. Ele foi, também, o ataque mais destrutivo já visto em solo norte-americano.

Pesquisadores forenses da Sony estão investigando se os ataques tiveram ou não ajuda interna. “É claro que eles já tinham acesso à rede da Sony antes do ataque”, disse à publicação Jaime Blasco, um pesquisador de segurança da AlienVault.

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Também já foi divulgado que os hackers deixaram pistas. Eles utilizaram programas comercialmente disponíveis para tirar dados da rede da Sony e usaram técnicas que se assemelham às de ataques anteriores, na Arábia Saudita e na Coreia do Sul.

Uma fonte identificada como oficial de inteligência dos Estados Unidos disse ao NY Times: “Isto foi de uma sofisticação que, se tivesse acontecido anos atrás, diríamos que estaria abaixo da capacidade da Coreia do Norte”.

Intervenção da ONU

Em julho deste ano, a Coreia do Norte fez uma reclamação formal à Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito do filme. “Permitir a produção e distribuição de um filme sobre um chefe de Estado soberano deve ser considerado como um incentivo ao terrorismo, bem como um ato de guerra”, afirma o texto assinado pelo embaixador da Coreia do Norte na ONU, Ja Song Nam.

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“As autoridades dos Estados Unidos deveriam tomar ações imediatas e apropriadas para banir a produção e distribuição do filme, caso contrário serão totalmente responsáveis por encorajar e patrocinar o terrorismo”, acrescenta.