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Sem rodeios, Diana Ross faz show competente e cheio de hits em São Paulo

Cantora não deixou de lado sucessos do trio The Supremes, mas, em menos de uma hora e meia de apresentação, faltaram canções como "Endless Love" e "Chain Reaction"

Paulo Cavalcanti Publicado em 26/06/2013, às 12h56 - Atualizado às 12h58

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Em sua segunda passagem pelo Brasil (a primeira foi em 1994, quando inaugurou o extinto Olympia, em São Paulo), Diana Ross não enrolou. Na apresentação desta terça, 25, em São Paulo, no Espaço das Américas, ela falou pouco, e não fez desnecessários comentários ao público.

A diva da soul music subiu ao palco às 22h05, praticamente no horário previsto, com um traje vermelho cintilante, ao som da balançada “I’m Coming Out”. Sem perder tempo, emendou com “More Today Than Yesterday”, hit do início da década de 70 da banda Spiral Staircase. E logo no início da apresentação veio com vários hits do trio The Supremes, do qual fez parte na década de 60. Em vez de apresentar as faixas em um medley, como muitas vezes faz, interpretou todas na íntegra, sem mudar os arranjos ou o tom original. Foram elas “Where Did our Love Go”, “Baby Love”, “You Can't Hurry Love” e “Stop! In the Name of Love”.

Diana, então, pulou para os anos 70 com a balada “Touch me In The Morning”, mas logo voltou ao repertório do The Supremes com “Love Child”, canção com mensagem social. No final, a música virou uma rumba e, enquanto os músicos e vocalistas improvisavam, Diana sumiu para trocar de roupa. Ela reapareceu com um vestido longo branco cheio de detalhes dourados. Era o momento do segmento dance/disco, que trouxe vários hits sacolejantes como “The Boss”, “Upside Down”, “It´s My House” e um medley com “Love Hangover” e “Take me Higher”.

Diana, na sequência, cantou outro balanço, “Ease on Down the Road”, dueto dela com Michael Jackson, incluído na filme O Mágico Inesquecível. Por coincidência, a data marcava os quatro anos da morte de Jackson, mas Diana não fez qualquer citação ao afilhado artístico. A música se prolongou, mais uma deixa para que a estrela saísse do palco e trocasse novamente de roupa.

Dessa vez ela entrou com um vestido de gala azulado para dar vida à jazzística “Don’t Explain”, canção de Billie Holiday, incluída na cinebiografia O Ocaso de uma Estrela, na qual Diana interpretou a trágica cantora de jazz. O hit "Why Do Fools Fall in Love?", original de Frankie Lymon & The Teenagers, foi revivido com sucesso nos anos 80 por Diana e ela recordou com entusiasmo este clássico do rock durante a apresentação. E nisso, mais uma troca de roupa – dessa vez ela entrou com um traje cor-de-rosa bem espalhafatoso.

A balada “Theme from Mahogany (Do You Know Where You're Going To)” causou a reação esperada. Sem perder tempo, Diana seguiu com sua aguardada versão para “Ain't No Mountain High Enough”, hit de Marvin Gaye & Tammi Terrell. Nesse momento, a cantora se mostrou mais comunicativa, elogiando a energia da plateia. No bis, veio com outro traje para cantar “I Will Survive”, hit disco de Gloria Gaynor, que naturalmente levantou o público.

Diana saiu do palco novamente e retornou para encerrar o show com a balada “Reach Out and Touch”. Com menos de uma hora e meia de duração, a apresentação da diva agradou ao público, embora tenham faltado vários hits como “Endless Love”, “Missing You”, “It’s My Turn” e “Chain Reaction”.

Diana Ross retorna nesta quarta, 26, ao Espaço das Américas. Ela também canta no Rio de Janeiro (dia 29, na HSBC Arena) e em Curitiba (2 de julho, no Teatro Positivo).