Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Serviço de música em streaming Deezer anuncia solução para conexões de internet instáveis

No Brasil desde o início do ano, empresa faz o lançamento oficial nesta quinta, 25, e busca se estabelecer nos mercados emergentes

Redação Publicado em 26/04/2013, às 17h00 - Atualizado às 17h43

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Mathieu Le Roux e  Axel Dauchez, da Deezer - Divulgação / Yuri Zoubaref
Mathieu Le Roux e Axel Dauchez, da Deezer - Divulgação / Yuri Zoubaref

O Deezer, um serviço de música por assinatura, uma espécie de Netflix com discos e faixas ao invés de filmes, é adepto do modelo de negócios “faça e depois pense”, como brincou o diretor geral da empresa na América Latina Mathieu Le Roux (à esq., na foto). O Brasil, contudo, mostrou-se bastante eficiente e, logo nas duas primeiras semanas, tornou-se o país com o maior número de adesões na semana de lançamento.

Leia textos das edições anteriores da Rolling Stone Brasil – na íntegra e gratuitamente!

A empresa não divulga os números locais, apenas a quantidade global: são 26 milhões de usuários, sendo que 3 milhões deles são assinantes dos planos pagos (R$ 14,90 mensais, que dão a possibilidade de ouvir as músicas mesmo sem conexão com a internet).

Justamente por ver no Brasil um grande potencial e uma força emergente no mercado de música digital, a empresa se encontrou com alguns jornalistas locais em um hotel na tarde desta quinta-feira, 26, na zona sul de São Paulo, para anunciar uma nova tecnologia que visa manter a música online tocando, mesmo com uma rede de internet para os celulares se torne “inconstante”, como disse Mathieu.

Chamada “smart caching”, ela usa uma linguagem em algorítmicos para decifrar o gosto do próprio usuário e armazenar as músicas que ele mais ouve e outras similares, para que o som não seja interrompido caso a rede passe por instabilidades – algo bastante comum no território brasileiro. “A tecnologia só ocupa uma quantidade de espaço que você dispuser”, explicou Mathieu.

É uma saída encontrada pela empresa para encarar esses mercados emergentes, cuja internet 3G ainda é deficiente. A Deezer é uma das gigantes do ascendente mercado de música em streaming no mundo, ao lado do Spotify e do Rdio – deles, apenas o segundo já está disponível no Brasil, enquanto o primeiro, de origem sueca, chegará ainda neste ano (leia mais aqui).

Indústria fonográfica digital está em ascensão e é puxada pela onda do streaming, que é encarado como uma reeducação dos consumidores, que, depois dos anos 2000 e a chegada do extinto Napster, passaram a ver a música como um item gratuito. “Isso não acontece tanto com filmes, por exemplo. As pessoas sabem que podem conseguir os filmes de graça, mas ainda dão valor ao produto. Com a música, não”, diz Axel Dauchez (à dir., na foto), CEO da empresa, que veio ao país para o lançamento oficial. “Reeducar é a chave”, diz ele.

No mundo, cerca de 20 milhões de pessoas são assinantes que pagam dos serviços de streaming. Em números, em 2012, o mercado digital movimentou US$ 5,6 bilhões, 33% dos 16,5 bilhões que representam o total movimentado pela indústria fonográfica. O ano passado, aliás, foi o primeiro em que a música cresceu: de US$ 16,3 mi para US$ 16,5 mi.

O projeto da Deezer para chegar ao Brasil começou há três anos. “O Brasil é do tamanho de um continente”, diz Dauchez. “É um mercado difícil, mas já é o nosso segundo maior mercado, apenas atrás da França, que é de onde viemos.” A estratégia é fazer exatamente o oposto das outras empresas, que primeiro se estabeleceram nos grandes centros tradicionais, como nos Estados Unidos e Europa, para depois partirem para outros mercados. A Deezer, por exemplo, é o serviço de streaming que tem o maior escopo de países de atuação: são 180 países no total. Os Estados Unidos, contudo, não estão entre eles. “Vamos entrar lá, mas não agora”.