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Somos sobreviventes, diz baterista do Alice in Chains

Banda que ajudou a sedimentar o grunge no mundo toca em Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte

Paulo Cavalcanti Publicado em 08/11/2018, às 16h27

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Alice in Chains volta ao Braisl (Foto: Divulgação)
Alice in Chains volta ao Braisl (Foto: Divulgação)

Um das mais importantes bandas surgidas na época do movimento do grunge, o Alice in Chains volta ao país. Desta vez, dentro da programação do Festival Solid Rock. Os shows ocorrem na Pedreira Paulo Leminski (Curitiba, nesta quinta, 8); no Allianz Parque (São Paulo, sábado, 10) e no KM de Vantagens Hall (Belo Horizonte, dia 14).

Hoje, da formação clássica do Alice in Chains estão o guitarrista e vocalista Jerry Cantrell e o baterista Sean Kinney.

Em uma conversa por telefone, Kinney fala sobre o estado atual do grupo:

“Falam que somos sobreviventes. Sem dúvida, a banda passou por vários percalços. Mas nós temos muito amigos e também os fãs, sempre presentes em todos os momentos. Eles nos incentivaram a seguir, mesmo em tempos difíceis”.

O baterista também diz que, agora que a banda já passou das três décadas de carreira, eles seguem em frente não necessariamente por causa do dinheiro, mas sim por que ainda gostam de tocar e cair na estrada.

“Por isso encaramos grandes festivais, como este no Brasil. Temos música nova para mostrar e muita lenha ainda para queimar. E o mais importante é que a esta altura, também temos total controle sobre o que fazemos em nossa carreira”, explica.

A vida sem pressão

Sobre a “música nova”, Kinney se refere ao álbum recém-lançado Rainier Fog. O músico fala como surgiu o trabalho: “Trabalhamos novamente com (o produtor) Nick Raskulinecz, que esteve presente em nossos mais recentes discos. Foi tranquilo fazer este disco”

Não existe peso, afinal, em cima dos ombros do Alice in Chains. “Nós simplesmente fomos juntando as canções que achávamos adequadas ao momento e, depois, montamos tudo. Hoje, não existe pressão para que tenha novos produtos. Fazemos quando achamos melhor, na hora certa”.

A morte do cantor Layne Staley, em 2002, vitimado por uma overdose, foi uma grande tragédia que abalou as estruturas do Alice in Chains. Kinney diz que a presença dele ainda é muito forte dentro da banda.

Diz, contudo, que hoje procura manter em mente as boas lembranças de Staley. “Perder um amigo é duro, especialmente quando ele parte assim tão jovem. Infelizmente, nós temos que conviver com isso. Sentimos a mesma coisa quando o nosso amigo Chris (Cornell) se foi no ano passado. Mas sempre olhamos para frente e procuramos ter uma visão positiva”.

Kinney reforça que a presença de William DuVall, que assumiu o posto de vocalista a partir de  2006, é um conforto e triunfo. “Ele renovou a nossa energia”, comenta. “William é o cara mais cool do planeta. Mas acima de tudo, ele é muito sério e criativo. Acrescentou muito musicalmente ao Alice in Chains”, diz.

Entrevista: “Foi como perder um irmão”, diz Mike Inez, do Alice in Chains, sobre a morte de Layne Staley.