De acordo com o organizador Enric Palau, edição brasileira só ficará atrás da original, realizada desde 1994 em Barcelona
Patrícia Colombo Publicado em 09/12/2011, às 14h58 - Atualizado em 12/05/2012, às 14h49
Festivais, festivais e mais festivais. Quem gosta de música já incluiu nas despesas do dia-a-dia os preços nada camaradas das maratonas, cada vez mais constantes no Brasil. E nesta semana, mais um gigante foi anunciado: o Sónar São Paulo, evento que mistura música, artes e tecnologia e que carrega na bagagem, desde 1994, edições bem-sucedidas realizadas em Barcelona, onde nasceu, e em outras partes do mundo.
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Pela primeira vez no país, a edição que acontecerá em 11 e 12 de maio de 2012, no Parque Anhembi, promete ser a segunda maior da marca, ficando atrás apenas da versão original catalã (desde 2002, o Sónar se tornou um festival itinerante, passando por Londres, Chicago, Buenos Aires e Seul, entre outras cidades). Parte do line-up do Sónar São Paulo foi divulgado na semana passada, contando com Justice, James Blake, Alva Noto & Ryuichi Sakamoto, Four Tet, Modeselektor e Little Dragon. Mais nomes serão anunciados em janeiro.
O Festival Internacional de Música Avançada e New Media Art, nome mais formal do Sónar, foi criado por Sergio Caballero, Enric Palau e Ricardo Robles lá nos anos 90. “Queríamos um evento que agregasse sons e novas tecnologias, com a intenção de atrair artistas, público e indústria”, explica Palau à Rolling Stone Brasil. “Não era pensado para shows convencionais. Buscávamos encontrar um ponto de encontro de linguagens artísticas diferentes e isso foi mantido como a filosofia do festival ao longo dos anos.” Personalidade forte e linguagem inovadora é o que o Sónar busca para seus line-ups. “Eles [músicos] podem se valer de tecnologias avançadas em suas obras ou não. O importante não são só as ferramentas, mas a capacidade criativa do artista”, explica o fundador.
Alguns brasileiros já se apresentaram no Sónar Barcelona em outras edições, como em 2004, quando subiram ao palco DJ Patife, o funkeiro DJ Marlboro e Nego Moçambique. E, claro, com uma edição nacional, haverá um punhado de brasileiros na escalação. Até o momento, foram confirmados Emicida, The Twelves, Bruno Belluomini, Psilosamples e Dago. Segundo Palau, a busca por nomes aqui relaciona-se ao mesmo conceito de encontrar, “em um país com uma riqueza e história musical tão forte”, artistas que estejam buscando novas linguagens em seu trabalho. “Cada país tem sua própria sensibilidade e sua personalidade”, ele acredita.
Enric Palau ainda comenta uma das mais aguardadas atrações anunciadas até o momento, o duo francês Justice, que lançou neste ano Audio, Video, Disco. “O Justice realiza um grande show com toda a força do rock junto à música dançante.”
No Sónar São Paulo, as apresentações acontecerão na parte da noite, enquanto durante o dia diversas atividades rolarão nos cinco diferentes espaços do festival: SonarClub (onde acontecerão os shows dos principais nomes do line-up, com capacidade para 15 mil pessoas); SonarVillage (também destinado à música, com capacidade para três mil pessoas); SonarHall (auditório para 3,3 mil pessoas, destinado, segundo o site oficial, “aos maiores destaques atuais da cena eletrônica nacional e internacional”); SonarCinema (auditório para 120 pessoas, onde serão exibidos filmes durante toda a duração do evento); e SonarPro (demonstração de produtos de tecnologia e conferências).
Os ingressos do primeiro lote custam R$ 200 por dia e R$ 350 o passaporte para os dois dias – sem taxa de (in)conveniência - e tais valores seguem até o dia 11 de janeiro. De 12 de janeiro a 10 de maio, as entradas custarão R$ 230 para cada dia e R$ 400 o passaporte para os dois dias. De 11 de maio a 12 do mesmo mês, os valores sobem para R$ 250 por dia e R$ 450 o passaporte. Há meia entrada para estudantes. Para mais informações, visite o site oficial do evento.
