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Star Wars: Qual foi o maior desafio de J.J. Abrams ao escrever o roteiro de A Ascensão Skywalker?

A primeira versão do Episódio IX começou a circular pela internet - e esclareceu as principais dificuldades para o encerramento da franquia

Redação Publicado em 26/01/2020, às 17h00

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Adam Driver como Kylo Ren (Foto: Reprodução / Lucasfilm)
Adam Driver como Kylo Ren (Foto: Reprodução / Lucasfilm)

Embora a saga Skywalker tenha chegado ao fim com Star Wars: A Ascensão Skywalker, a dramática história por trás da produção do Episódio IX começou a se desenrolar.

Recentemente, Duel of Fates - o roteiro descartado do Episódio IX de Star Wars escrito por Colin Trevorrow (Sem Segurança Nenhuma e Jurassic World) - começou a circular pela internet, até que o próprio cineasta confirmou a autenticidade do vazamento. 

"Sim, isto é do Duel of the Fates. Mas eu nunca mataria o R2... Ele só passou por maus bocados. Acontece com todos nós”, disse Trevorrow.

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O script alternativo oferece, também, uma oportunidade de analisar como o processo criativo dos cineastas mudou com o passar do tempo - e, bom, a questão crucial da trilogia sequela de Star Wars era: o que fazer com Ben Solo, que mais tarde assumiu o nome de Kylo Ren?

O filho de Léia é, sem dúvida, o principal motivo pelo qual O Despertar da Força e Os Últimos Jedi são tão bem-sucedidos. Adam Driver apresenta um desempenho brilhante e está no centro das duas versões do Episódio XI de J.J. Abrams, ainda que o destino do personagem seja drasticamente diferente em cada uma delas.

De alguma forma, apesar das terríveis ações de Kylo, os fãs constantemente questionavam se ele voltaria a ser bom. Enquanto isso, a trajetória de Rey é semelhante em Duel of Fates e A Ascensão Skywalker: ela luta contra o Lado Negro da Força e se torna uma Jedi neutra que derrota o mal. A maior diferença entre os dois roteiros nesse sentido diz respeito ao retorno de Palpatine.

O Imperador mal aparece em Duel of Fates e, portanto, não é nomeado avô de Rey. No entanto, ao comparar as duas histórias, podemos perceber que Palpatine não foi revivido em benefício de Rey; na verdade, ele retornou para que Kylo Ren fosse o maior vilão da franquia.

Ademais, Duel of Fates não resgata Ben Solo. O personagem, que é assombrado por Luke Skywalker ao longo do roteiro de Trevorrow, se transforma em um vilão maníaco. Durante o ato final, Kylo cega Rey com seu sabre de luz enquanto eles lutam no mítico planeta de Mortis. Depois disso, Luke conclui que não há como salvar Kylo e - ao lado de Yoda e Obi-Wan - o extingue. 

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O oposto acontece em A Ascensão Skywalker. Depois de ser morto e curado por Rey, Ben Solo destrói toda a memória de Kylo Ren, jogando fora o sabre de luz vermelho utilizado por ele. Assim, Ben trabalha com Rey para derrotar Palpatine e morre - assim como em Duel of Fates -, mas apenas depois de ressuscitar (e beijar) Rey

Ben era um pêndulo oscilando entre o bem e o mal. Podemos especular sobre as conversas da LucasFilm, mas, a julgar por A Ascensão Skywalker e Duel of Fates, o ponto de discórdia era se Kylo Ren deveria - ou não - ser resgatado.

A resposta de Abrams foi trazer de volta o Imperador Palpatine - um vilão pior que Kylo, ao qual o jovem Skywalker pudesse se opor. Mas como tornar o Sith anteriormente morto relevante para o desfecho da trilogia sequela? Isso é fácil: fazendo dele o avô da protagonista.


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