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Tokyo Police Club volta à São Paulo graças aos fãs

Banda canadense fará show no Upper Club nesta sexta, 18, após iniciativa de crowdfunding do público; leia entrevista com o baterista, Greg Alsop

Bruno Raphael Publicado em 18/11/2011, às 12h50 - Atualizado às 17h21

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Tokyo Police Club - Foto: Divulgação
Tokyo Police Club - Foto: Divulgação

Pela segunda vez no Brasil em 2011, o Tokyo Police Club se apresenta em São Paulo nesta sexta, 18, após uma iniciativa de crowdfunding dos fãs para um show na cidade. A primeira vinda do grupo canadense ao país este ano havia sido em setembro para um evento fechado na capital paulista, na comemoração do aniversário de uma marca de bebidas. Com um público mais do que cativo, a banda – formada por David Monks (baixo e vocal), Graham Wright (teclado), Josh Hook (guitarra) e Greg Alsop (bateria, no centro da foto ao lado), espera ter uma recepção mais calorosa desta vez. “Nós provavelmente não teríamos a chance de tocar neste lugar se não fosse por eles”, contou Alsop, em entrevista à Rolling Stone Brasil.

Leia textos das edições anteriores da Rolling Stone Brasil – na íntegra e gratuitamente!

“Foi fantástico o que fizeram!”, comemora o baterista. “Isso mostra para os fãs que, se você quer fazer algo, você pode. O fato de as pessoas terem gostado do que fazemos desta forma é um grande elogio, além de ser uma experiência muito prazerosa viajar para lugares distantes. Estivemos em São Paulo em setembro e foi muito exótico para nós.”

Prolífica, a banda está em turnê com seu segundo disco, Champ (2010), após ter gravado o álbum de covers Ten Songs, Ten Years, Ten Days este ano. Como diz o nome, a ideia do projeto foi gravar dez canções lançadas na década passada, ao longo de dez dias, em um estúdio localizado em Santa Mônica, na Califórnia.

“Nós tivemos alguns dias de folga entre as turnês e nos sugeriram ir para estúdio gravar dez canções em dez dias, o que nos pareceu uma ideia terrível a princípio”, diz Alsop. “Não tinha como fazer isto sem ficar exausto. Então, pensamos em canções da década passada que nos inspiraram e nos fizeram tocar música pela primeira vez [“Under Control”, do Strokes, e “All My Friends”, do LCD Soundsystem, figuram no repertório]. Também há algumas coisas pop no meio, não para fazer piada, mas para o público ter noção de como seria uma canção de Kelly Clarkson ou Miley Cyrus [o grupo fez covers de “Since U Been Gone” e “Party in the U.S.A.”, respectivamente] com nossa banda tocando.”

As turnês e o tempo de estrada, nas palavras do baterista, tornaram a banda muito mais confiante quando o assunto são quais rumos musicais tomar. “A confiança de estar no nosso terceiro disco nos deu a coragem de tomar as atitudes sem nos questionarmos tanto”, ele acredita. O currículo de festivais da banda justifica: Coachella, Lollapalooza, Glastonbury, Reading, Leeds e Roskilde estão entre os eventos nos quais o Tokyo Police Club apresentou.

Alsop também diz que festivais o agradam mais do que shows solo (a banda tocou no Planeta Terra Festival de 2007, em São Paulo). “São experiências diferentes, mas um festival é um meio de angariar fãs que você não conseguiria de outra forma”, afirma o baterista. “E é uma chance de nós vermos outras bandas, também. Por isso, gosto muito.”

O próximo álbum de inéditas, ainda sem título decidido, também já está a caminho. Segundo Alsop, o Tokyo Police Club deve estrear algumas das canções novas no show em São Paulo. “O disco deve ser gravado no inverno [canadense, no início de 2012] e ser lançado pouco depois”, revela. Ele também fala sobre as bandas que influenciaram a sonoridade do grupo. “Radiohead, Strokes, Arcade Fire... eu nem sei mais”, diz. “Estas são as bandas que nos inspiraram a tocar quando éramos adolescentes, mas minhas influências mudaram tanto nos últimos anos. São mais os nossos contemporâneos, como os Born Ruffians, que nos influenciam hoje em dia. Nosso desafio é sempre fazer algo melhor do que eles já fizeram.”

Já a música brasileira é um tema confuso para o baterista. Ele diz não conhecer muito e pede uma recomendação. Quando ouve o nome do grupo Os Mutantes e do cantor Ronnie Von, se empolga. “Ah, eu tenho o álbum deles!”, diz ele, começando a revirar seus discos em casa. “Sim, lembrei agora [risos], achei aqui. Eu não sabia que os Mutantes eram brasileiros, já ouvi eles algumas vezes.”

Tokyo Police Club no Upper Club

18 de novembro, às 22h

Endereço: Rua Carmo do Rio Verde, 83 - São Paulo (Upper Club)

Preços: R$ 140/R$ 70 (meia-entrada e promocional para clientes MasterCard, Visa e Amex)

Onde comprar: Rua Frei Caneca, 596 - São Paulo (Loja Chili Beans - Shopping Frei Caneca)

Online: Ingresso Fácil