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Tom Zé fala sobre a adaptação de Tropicália Lixo Lógico para o palco

“Quando a ideia sai do disco é uma outra composição”, conta o músico, que fará shows em São Paulo com participação de Emicida, Pélico e Mallu Magalhães

Lucas Reginato Publicado em 19/09/2012, às 09h42 - Atualizado às 16h14

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Tom Zé e Mallu Magalhães - Pedro Vilhena / Divulgação
Tom Zé e Mallu Magalhães - Pedro Vilhena / Divulgação

Tom Zé elaborou uma intricada tese sobre o nascimento do tropicalismo em seu novo álbum, Tropicália Lixo Lógico. Agora, ele vive um novo processo de criação diante do desafio de transportar tamanha densidade registrada no disco para o palco.

Entrevista: aos 75 ano, o maior “vanguardista-retardista” da MPB continua se reinventando, e, ao mesmo tempo, investigando seu próprio passado.

“Quando a ideia sai do disco e vai para o palco, é outra composição”, conta Tom Zé, que fez o primeiro show da turnê no Rio de Janeiro e também se apresentou no festival MIMO, em Ouro Preto. “Fizemos um show no Rio que deu certo”, diz, completando que “ficou ainda balançando”, se referindo à incerteza da forma como o trabalho foi apresentado. “Já em Minas a gente só jogou as músicas nas pessoas, mostrando os refrãos, e todo mundo se interessou, foi uma felicidade.”

Ele entende, no entanto, que a percepção que o público de seu trabalho, tanto do CD como de seu show, acontece de formas diferentes. “Isto acontece em diversos graus”, relata. “Uma pessoa escreve dizendo assim: ‘Porra, que disco maravilhoso, mas na hora que eu ouvi pensei que o meu tava com defeito’”.

“Realmente essas ligações, essas músicas que interrompem, são uma coisa que eu tinha na mão há dois anos com maior medo de que alguém usasse”, diz. “Uma coisa que eu me pergunto é isso: o que mais se pode colocar em um disco? O disco já praticamente acabou, é uma mídia esgotada, não há mais o que fazer”. Tom Zé completa: “E a gente não podia fazer um disco medíocre, porque estamos falando de figuras como Caetano e Gil”.

Em Tropicália Lixo Lógico, projeto selecionado em edital nacional do programa Natura Musical, Tom Zé buscou novas maneiras de se registrar uma canção, e contou com participação de Pélico, Emicida, Mallu Magalhães (foto) e Rodrigo Amarante. Os três primeiros farão participações nos shows em São Paulo, que acontecerão nos dias 21, 22 e 23, no SESC Vila Mariana.

Tom Zé em São Paulo

Em setembro: sexta, 21, e sábado, 22, às 21h e domingo, 23, às 18h

Local: Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana

Preços: de R$ 10 a R$ 42

Bilheteria: De terça a sábado das 9 às 21 horas e domingos e feriados das 9 às 19 horas (ingressos à venda em todas as unidades do SESC).