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Três dias de luto e velório no estádio: como a Argentina chora a morte de Maradona

Em declaração, o presidente argentino Alberto Fernández relembrou a última conversa com o ex-jogador

Perfil.com Argentina Publicado em 25/11/2020, às 17h01

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Cena do documentário Diego Maradona (Foto: Divulgação)
Cena do documentário Diego Maradona (Foto: Divulgação)

O presidente argentino Alberto Fernández decretou, nesta quarta, 25, três dias de luto pela morte de Diego Maradona, e declarou: “É um dia muito triste para os argentinos, é uma grande pena”. Em conversa com o TyC Sports, ele falou que estava com o chefe de Gabinete Santiago Cafiero quando soube da notícia, e em poucos minutos começou a receber condolências de oficiais de diversos países do mundo, como o vice-chanceler Maximiliano Reyes

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Devido ao luto nacional, o presidente suspendeu as atividades oficiais programadas na quinta, 26, na província de Santa Fé e na sexta-feira, 27, no Chaco. 

“Nunca poderemos dar tanta alegria”, disse o Presidente, que pediu apoio aos colaboradores dele para “conversarem com a família”. “Claro que todas as portas do Estado estão abertas para Diego. Conversei com Cristian Malaspina, presidente do Argentinos Juniors [time de futebol centenário do país], caso a família queira que o velório aconteça no estádio, se podíamos contar com ele - e será o que a família pedir, estamos conversando”.

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Diego era a Argentina no mundo, ele nos encheu de alegria e nunca vamos poder dar tanta alegria”, disse o Presidente menos de uma hora depois de saber sobre o falecimento do astro na própria residência na província de Tigre, em Buenos Aires, onde não conseguiu ser reanimado. O Presidente ressaltou que “o melhor de Diego é que ele era um homem absolutamente genuíno, não era falso, ele expressava tudo com a força que jogava futebol, defendia o que queria, atacava o que odiava. Isso era Maradona em sua forma mais pura”.

Além de destacar as virtudes de Maradona na trajetória profissional, ele se referiu aos últimos anos do jogador e questionou o tratamento que recebeu por grande parte da sociedade. “É algo que nós argentinos devemos repensar, sempre colocar o sucesso em questão. Diego, como todos nós, viveu como pôde, não escolhemos como viver, cada um vive como pode e encontra a felicidade como pode”, ele disse.

Alberto Fernández também lembrou que o último encontro com Maradona foi "antes da pandemia. Ele veio me visitar e conversamos sobre os argentinos, ginástica, e eu fiz a pergunta que ele sempre fazia: qual era o gol do qual ele mais se lembrava". Como recordou, ele contou as "histórias do Argentinos Juniors" e lembrou que Diego "saía no intervalo para fazer pequenos jogos com a bola, agarrava a bola e dava a volta completa, não tocava o chão, ficávamos maravilhados".

Outra história que ele citou foi o jogo do Argentinos Juniors "na quadra do Vélez, que marcou quatro gols em [Hugo] Gatti", então goleiro do Boca Juniors. “Eles veem que podemos e não somos nada, o Argentinos sempre foi uma equipe pequena e nós sentimos que éramos os mais poderosos do mundo, o campo se chama Diego Armando Maradona, para nós é tudo”.

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