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Tudo o que já se sabe sobre a explosão gigante em Beirute, no Líbano

O acidente deixou até o momento 100 mortos confirmados e milhares de feridos

Redação Publicado em 05/08/2020, às 09h51

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Região portuária de Beirute, momentos após a explosão (foto: Getty Images/ Marwan Tahtah)
Região portuária de Beirute, momentos após a explosão (foto: Getty Images/ Marwan Tahtah)

Uma explosão devastadora atingiu nesta terça-feira (4) a região portuária de Beirute, capital do Líbano. A detonação causou uma onda de choque gigantesca, cujo deslocamento de ar deixou um rastro de destruição na cidade, com milhares de janelas quebradas, carros amassados e fachadas de edifícios em destroços.

A explosão foi sentida em toda Beirute, deixando milhares de feridos e com mais de 100 mortos confirmados até o momento. No epicentro da tragédia, o cenário é apocalíptico: lixeiras parecem latas de conserva retorcidas e todo o porto está em ruínas. Com a ajuda de policiais, os socorristas passaram a noite em busca de sobreviventes e mortos debaixo dos escombros.

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Por volta das 18h locais da terça-feira (12h do horário de Brasília), uma primeira explosão foi ouvida em Beirute, seguida de outra muito mais potente.  A potência das explosões foi tão intensa que os sensores do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) as registraram como um terremoto de 3,3 pontos na escala Richter. A onda de choque foi sentida até na ilha do Chipre, a mais de 200 km de distância.

Veja o antes e depois da explosão:

O primeiro-ministro HassanDiab decretou dia de luto nacional para esta quarta-feira e finalmente atribuiu uma causa para a explosão.  Segundo ele, um incêndio começou num armazém que continha cerca de 2750 toneladas de nitrato de amônia, resultando na detonação. 

A substância é um sal branco e inodoro, usado na composição de certos tipos de fertilizantes na forma de grãos, altamente solúveis em água. Também é usado na fabricação de explosivos e já causou vários acidentes industriais.

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Antes, o diretor da Segurança Geral, Abbas Ibrahim, havia dito que as explosões poderiam ter sido causadas por "materiais altamente explosivos confiscados há anos", que algumas redes de notícias, com a Al Jazeera, associaram como sendo de posse da facção paramilitar Hezbollah, mas acrescentou que uma investigação ainda será conduzida para "determinar a natureza exata do incidente."

"É inadmissível que um carregamento de nitrato de amônia, estimado em 2750 toneladas, esteja há seis anos em um armazém, sem medidas preventivas. Isso é inaceitável e não podemos permanecer em silêncio sobre o tema", declarou o primeiro-ministro durante a reunião do Conselho Superior de Defesa.

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Diab prometeu que os responsáveis deverão "prestar contas" e pediu ajuda aos "países amigos" do Líbano.

O estado atual de Beirute

Os hospitais da capital, que já lidam com a pandemia do coronavírus, estão saturados. A ONU afirmou que vários capacetes azuis ficaram gravemente feridos a bordo de um barco atingido pelas explosões.

Membros da embaixada da Alemanha também ficaram feridos, segundo Berlim. Nas ruas de Beirute, soldados evacuavam moradores atordoados, muitos ensanguentados, com camisas atadas ao redor da cabeça para conter os ferimentos.

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Uma testemunha disse que a explosão foi "mais forte que a do assassinato de Rafik Hariri", alvo de um atentado espetacular com um furgão repleto de explosivos que atingiu o comboio do então primeiro-ministro em 14 de fevereiro de 2005.

A tragédia agrava ainda mais a já difícil situação do Líbano, que atravessa a pior crise econômica em décadas, marcada por uma depreciação cambial sem precedentes, hiperinflação e demissões em massa que alimentam a agitação social há vários meses.


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