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Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Otto e Curumin: uma conversa entre eles

A cantora Tulipa pergunta para Anelis, que pergunta para Otto, que segue para Curumin

Pedro Antunes Publicado em 01/12/2018, às 13h41

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Tulipa Ruiz (Foto: Divulgação)
Tulipa Ruiz (Foto: Divulgação)

Tulipa Ruiz perguntou para Anelis Assumpção sobre "se sentir em casa quando está na estrada", Otto fala com Curumin sobre o mergulho da poesia. A Rolling Stone Brasil propôs um desafio aos quatro artistas, Tulipa, Anelis, Otto e Curumin: Um pergunta para o outro.

Os quatro fazem um show único juntos, em São Paulo, na festa Primavera, Te Amo, neste sábado, 1. O evento promove encontros únicos. A programação inclui ainda N'ALMA e convidados, Selma Uamusse + Luedji Luna, Orquestra Primavera + Fioti + João Suplicy + Ekena + Aline Paes + Msário + Indy Naise.

A apresentação de Tulipa, Anelis, Otto e Curumin será dividida em cinco canções de cada um deles, com todos no palco. Isso, aliás, é inédito na carreira dos quatro.

A festa ocorre das 15h até 4h, na Vila dos Galpões (Rua Palmorino Monaco, 540, Mooca), Os ingressos podem ser comprados no site ou na porta.

Agora, vamos às entrevistas:

Curumin: “Tu, tenho percebido você em um movimento de abertura, ampliando parceiros e fronteiras. Fale-me um pouco sobre colaboração, cooperação na música hoje em dia.”

Tulipa Ruiz: "Viva as percepções e sintonias, Curumin! Sinto que, às vezes, na música a gente conversa pouco sobre as dores e delícia do nosso ofício. É tão nutritivo quando a gente consegue se encontrar para falar de linguagens, logísticas, sonhos, medos, desejos, política, planilhas, nova era, ano novo e ditadura. E é tão lindo quando desses encontros nasce música. Tenho estado na sintonia do encontro e re-conhecendo pessoas que também estão neste movimento.

Tulipa: "Nê, sua casa é transbordada de cores, aromas, plantas, sabores e temperos. Como é a estrada para você? Como se sentir em casa estando em trânsito?

Anelis Assumpção:  "Gosto de levar incenso pro quarto do hotel. Se posso, enfeito com uma flor também. Busco companhia. Durmo sob o ruído de algum conversando. Tomo banho sentada, oleio meu corpo. Tomo chá antes de dormir. Fotógrafo as memórias pra dividi-las com as crianças quando eu volto. Minha estrada é meu corpo. Minha casa mora em mim.

Anelis:

1) Uma franja de contas é o começo da linha?

2) Um limão solitário é líquido, sólido ou vapor? Dançar é uma fissura dos ossos ou dos cabelos?

3) Amor líquido escorre entre os dedos ou partes íntimas?

4) Uma franja de contas cortina ou revela os mistérios do limão?

5) O verde foi aplaudido quando resolveu dançar?

Otto:

1) De um horizonte lindo e luminoso...

2) Líquido quando a gente aperta . Lacrimoso no olho   ..

3) Como o sujo falando do mal lavado . Como tudo que me deixa avexado

4) Embalado pelo álcool o limão e a franja de contas eu continuo embebido pela ambiguidade e os mistérios e sons. Caipirinado.

5) Dançou nas pontas e bicos dos lábios e n própria dor. O verde era mágico.

Otto: Voar ou mergulhar nas profundezas da cabeça do poeta, que chora quando quer sorrir?

Curumin: Prefiro caminhar dentro dessa floresta em busca da esfinge pineal. E qdo ela me fizer a fatídica pergunta, chorando e sorrindo vou pedir “devora-me!”.