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Lollapalooza 2013: Of Monsters and Men acalma os ânimos com folk doce no festival

Show da banda islandesa beirou o monótono, mas contou com melodias fáceis e apoio do público para ser bem-sucedido

Lucas Reginato Publicado em 29/03/2013, às 16h52 - Atualizado em 02/04/2013, às 19h49

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A banda é liderada pela bela Nanna Bryndís Hilmarsdóttir. - Carolina Vianna
A banda é liderada pela bela Nanna Bryndís Hilmarsdóttir. - Carolina Vianna

Uma canção folclórica islandesa soou nas caixas de som do palco Butantã do Lollapalooza enquanto os integrantes da banda Of Monters and Men se posicionavam no palco sob o céu nublado de São Paulo. A abertura muito teve a ver com a característica do grupo, que faz questão de reafirmar a gelada origem com bandeiras penduradas pelo cenário.

A resposta do público foi imediata e suficiente para que os músicos notassem logo de cara como são queridos por aqui. Foram acolhidos pelos fãs que mostraram já conhecer o trabalho do grupo desde “Dirty Paws”, a canção de abertura, que foi seguida de “From Finner”. Embora com nomes impronunciáveis, a dupla de vocalistas formada por Ragnar "Raggi" Þórhallsson e Nanna Bryndís Hilmarsdóttir é irresistível e mostrou não só carisma como belos diálogos melodiosos.

Tudo no show dos islandeses conspira para a doçura. A própria incrementação da canções com instrumentos como acordeom e trompete é confortável e desenha um “fofolk” sereno. As melodias parecem todas feitas para serem acompanhadas pelos fãs que não hesitaram em bater palmas e entoar os refrãos de cada canção. Os gritinhos de “hey”, assim como acontece com o grupo norte-americano The Lumineers, com quem são inevitavelmente comparados, são outras artimanhas do grupo que funcionam a todo momento.

É uma excelente fórmula, sem dúvida. A doçura encanta e é agradável aos ouvidos. Mas a repetição de trechos semelhantes em todo o setlist se aproxima perigosamente do monótono. Talvez colabore com isto o fato de quase todas as canções do show são do único disco da banda, My Head Is an Animal, de 2011. A única exceção é “Skeletons”, do Yeah Yeah Yeahs, cover que é tão bem transportada para o universo da banda que pode passar despercebida pelos menos atentos.

Para recuperar momentos menos empolgantes, os músicos distribuem pelo repertório algumas das canções mais conhecidas do público. É o caso de “Mountain Sound” e “King and Lionheart”, mas principalmente “Little Talks”, a mais aguardada. Depois desta, inclusive, parte da plateia incomodada com a chuva fina e já satisfeita deixou o show. Também não demorou muito mais para que os islandeses chegassem ao fim de sua confortável apresentação que abraçou aqueles dispostos a acalmar os ânimos em meio ao clima exaltado do festival.