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Village People relembra os anos 70 em São Paulo

Sexteto passou pelo HSBC Brasil na última sexta, 27, com sua turnê comemorativa de 30 anos de carreira

Por Stella Rodrigues Publicado em 28/05/2011, às 16h08

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Ray Simpson, o policial e cantor principal do Village People - Taiz Dering/Divulgação
Ray Simpson, o policial e cantor principal do Village People - Taiz Dering/Divulgação

Na última sexta, 27, o Village People brincou de levar o público que compareceu ao HSBC Brasil em uma viagem no túnel do tempo, direto aos anos setenta, quando reinavam absolutos e a disco music estava em seu auge. Um pouco antes das 22h30, subiram ao palco os integrantes originais do sexteto Felipe Rose (o índio), David "Scar" Hodo (o operário) e Alex Briley (o soldado), além de Ray Simpson (o policial e cantor principal), Eric Anzalone (o motoqueiro) e Jeff Olson (o caubói), que entraram depois, mas já somam uns bons anos no grupo.

A atual turnê deles é comemorativa do 30 anos de carreira, marco alcançado há quatro anos. O giro começou à época da celebração de três décadas de existência e já passou pelo Brasil anteriormente. Mas a turnê segue rodando o mundo, levando os maiores sucessos dos rapazes - agora já nem tanto - de Nova York e de outros artistas daquele período.

O grupo canta e dança, mas não se trata de uma banda. Logo, assim que deram as caras, teve início o playback. Os integrantes entraram um a um, da forma teatral que já podia se esperar, e começaram a performance com "Gimme Some Lovin" (original do Spencer Davis Group que ganhou um enorme número de versões ao longo dos anos). A casa de shows, segundo a assessoria de imprensa, recebeu cerca de 1500 pessoas. Eram muitas famílias, grupos de amigas ém torno de 50 anos e até senhores e senhoras de idade. O público foi acomodado em mesas, mas logo nos primeiros acordes, muita gente não conseguiu ficar sentada e as laterais da pista ficaram tomadas daqueles que queriam aproveitar o que a disco traz de melhor, que é a oportunidade de dançar. O amontoado de gente em pé aumentou ainda mais na canção seguinte, "Macho Man".

Brincalhões, os seis membros se revezavam ao microfone a cada intervalo para interagir com a plateia, sabiamente entrando na memória afetiva das pessoas, a cada música. Isso ficou mais evidente na introdução que antecedeu "Trash Disco", com direito a relembrar diversos grandes hits de dois momentos da década de setenta, antes e depois do surgimento do Village People. O exercício de memória não passou só pela nostalgia musical: os integrantes mencionaram, ainda, sapatos de plataforma, "pessoas brancas usando afro" e vestidos tubinho, sendo que os itens vieram acompanhados de alguns "nossa, lembra disso?!" dos presentes. A performance dessa faixa foi, talvez, a mais cheia de rebolados e uma das mais empolgantes do show.

A noite ainda traria "Can't Stop the Music", trilha do musical estrelado por eles em 1980 (em português, A Música Não Pode Parar) e uma das mais esperadas. Em seguida foi a vez de "In The Navy", quando o policial sai correndo e volta vestido de marinheiro. Para esse final, bandeiras coloridas girando, como parte da coreografia e, mais tarde, bandeiras do Brasil e Estados Unidos levadas ao alto, com direito a chuva de purpurina.

O retorno para o bis foi logo em seguida. Começou por "Go West", música que, embora o grupo tenha negado em algumas ocasiões, é comumente tida como referência à cidade de São Francisco e à forte cena de defesa dos direitos dos homossexuais que acontecia na cidade na época. Antes de encerrar, os rapazes disseram que tinham tempo para mais uma e pediram que o público escolhesse qual seria. É claro que diversos braços foram ao alto fazendo descoordenadamente a coreografia de "YMCA", hit absoluto do grupo, que ainda não havia sido cantada. "Ok", disseram, "mas só se vocês aprenderem a coreografia direito. Nada daquele 'm' que parece uma pose de macaco, já vi muita gente errando feio em casamento e bar mitzvah." Cheios de graça, fizeram um workshop com ares de improviso, mas para lá de ensaiado, e cantaram/dançaram a faixa mais esperada, antes de se despedirem do curto show, de pouco mais de uma hora.

O Village People segue agora para Florianópolis, onde faz sua segunda e última apresentação nesta passagem pelo Brasil. Veja mais informações abaixo:

Village People em Florianópolis

Floripa Music Hall - Rua Henrique Valgas, 113 - Centro

R$ 100 (pista), R$180 (mezanino), R$ 200 (pista premium), de R$ 250 a R$ 400 (camarote) - valores relativos ao primeiro lote

Vendas online: www.blueticket.com.br

Informações: (48) 3222-8416