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Virada Cultural: Serguei faz show com clássicos da música no palco Barão de Limeira

O cantor passou por diversos sucessos do rock e do jazz e destilou seu estilo docemente maluco

Stella Rodrigues Publicado em 05/05/2012, às 20h46 - Atualizado em 06/05/2012, às 11h42

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Serguei abriu o palco Barão de Limeira na Virada Cultural - Rogério Motoda
Serguei abriu o palco Barão de Limeira na Virada Cultural - Rogério Motoda

Pessoalmente, em cima de um palco, o icônico roqueiro Serguei fica devendo bem pouco ao fake que se passa por ele no Twitter em termos de maluquice. Mas é uma maluquice daquelas doces e adoráveis. Às 18h15, com 15 minutos de atraso, a banda carioca Pandemonium, que acompanha o músico, deu início aos trabalhos no palco Barão de Limeira. Eles se declararam felizes de se apresentarem em São Paulo, longe daquele “monte de funkeiro” e de terem a oportunidade de estarem ao lado do "anjo maldito do rock". O grupo mostrou duas faixas próprias, rocks pesados com letras de protesto (que combinavam com a máscara de Guy Fawkes portada pelo guitarrista), antes da atração principal tomar seu lugar sob os holofotes para mostrar um repertório quase inteiramente formado por covers.

Clique aqui para ver as fotos do show de Serguei na Virada.

Dentre as músicas estavam “With A Little Help From My Friends”, dos Beatles, “Proud Mary”, do Creedence Clearwater Revival, “Cry Me a River”, popularizada na voz de Ella Fitzgerald, “Summertime”, de George Gershwin e notoriamente interpretada por Billie Holliday, “Love of My Life”, do Queen (durante a qual ele quis reencenar a famosa cantoria que marcou o Rock in Rio de 1985, de forma que desceu do palco e foi ao frontpit interagir com as pessoas), “Born to Be Wild” (“a cara das ruas de São Paulo,”, segundo ele), popularizada pelo Steppenwolf, e “( I Can Get No) Satisfaction”, dos Rolling Stones, que encerrou o show para um público pequeno, mas devidamente agradado pela presença do cantor.

Serguei, trajando calças estilo vinil e uma blusa com um emblema dos Rolling Stones em lantejoulas, soltou gritinhos carregados de saliva no microfone e frases divertidas e típicas da figura que é – só de cantar que ele se esquecia às vezes. Quando pediu água, contou que não bebia o líquido desde 1964, dando preferência à cachaça, e afirmou que ele e sua amiga Janis Joplin, roqueira com quem teve uma relação que já virou folclore, sempre se esbaldavam com a bebida quando se encontravam. Outra diva do rock homenageada nos discursos dele foi Rita Lee, que segundo ele tem o “toque de Midas do rock. Qualquer coisa que ela toca vira rock”. Ele ainda foi só elogios a Billie Holliday, “uma das maiores vozes de jazz do mundo, dos Estados Unidos da América do Norte”.

Mais um causo que contou foi sobre seu primeiro contato com o clube de motoqueiros Hells Angels, antes da apresentação de sua faixa “Hell’s Angels do Rio”. De acordo com ele, o grupo o prestigiou em diversos lugares e ele gostaria muito que eles estivessem vendo esse show.

Virada Cultural 2012: um roteiro das melhores atrações musicais do evento.