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Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, fala sobre a vida de empreendedor na Campus Party

Músico fundou empresa de manutenção de aviões em 2012 e espera lucrar este ano

Lucas Reginato Publicado em 28/01/2014, às 15h58 - Atualizado às 21h24

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Bruce Dickinson - Divulgação
Bruce Dickinson - Divulgação

Você provavelmente conhece Bruce Dickinson, o britânico que comanda os vocais do Iron Maiden e compõe músicas da banda desde 1981. Ele passou nesta terça, 28, por São Paulo, para participar da 7ª edição do Campus Party. Mas a música não estava na pauta desta vez – Dickinson veio ao Brasil para falar de sua experiência como homem de negócios.

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Filho de empresário, o músico, que acumula diversas outras funções como historiador e piloto de avião, aproveitou a intimidade com o mercado de aeronaves e em 2012 abriu a empresa de manutenção de aviões Cardiff Aviation, no País de Gales. “Eu não era engenheiro, nem o meu sócio, mas, quando abrimos a empresa, sabíamos que as companhias aéreas não tinham um serviço muito bom das empresas de engenharia já existentes”, explicou. “Eu não sabia dos detalhes, mas sabia que ali tinha uma oportunidade.”

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Embora as carreiras de empresário e rockstar pareçam não muito compatíveis, a idolatria conquistada à frente de sua banda foram benéficas na hora de encontrar parceiros nos negócios. “Quando você está envolvido em alguma coisa, tem que usar tudo aquilo que está à disposição. E muitos CEOs são fãs de Iron Maiden. Quando eles tinham 20 anos eram fãs de Iron Maiden, e agora são grandes empresários. Então muitos ficam curiosos para saber o que eu tenho a dizer. Mas a curiosidade não basta – é preciso também ter conteúdo”.

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“Não há muita coisa o que transferir da carreira de músico”, acrescentou Dickinson, ao comparar as funções. “Mas o processo criativo é parecido. Acho que o processo de compor uma música é, na verdade, bastante parecido com o que acontece quando você tem uma ideia.”

O vocalista, que também comanda a escola de formação de pilotos Real World Aviation, revelou que levantou cerca de R$ 7 milhões para dar início à Cardiff Aviation, mas que pretende começar a lucrar a partir deste ano, com o aumento de demanda no mercado e redução de custos.

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Seu trunfo, ele afirma, é justamente a capacidade de lidar com diversos mundos diferentes. “Acho que o segredo é fazer um pouco de tudo enquanto você pode”, diz. “Todo mundo quer acesso à educação, mas hoje tudo gira em torno das estatísticas para fazer o governo e as escolas ficarem bem, e não há mais a preocupação em fazer as pessoas se inspirarem. Muitos empreendedores bem-sucedidos não têm tantas qualificações, mas trata-se de ter uma boa ideia e raciocinar naturalmente. O resto você pode aprender.”