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Bolsonaro acusa inclusão em inquérito das fake news de ‘ilegal’ e ameaça resposta ‘fora da Constituição’

Em entrevista à rádio Jovem Pan na quarta, 4, o presidente Jair Bolsonaro respondeu em tom de ameaça à inclusão no inquérito das fake news

Redação Publicado em 05/08/2021, às 09h48

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Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)
Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)

Após inclusão como investigado no inquérito das fake news, Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçou na quarta, 4, que “antídoto” para ação está “fora da Constituição”. Segundo informações da Folha de S. Paulo, o presidente da República também chamou de “ilegal” a inclusão na investigação.

As declarações de Bolsonaro aconteceram em entrevista à rádio Jovem Pan horas após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, acolher pedido do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, para incluir o presidente no inquérito das fake news, que investiga a disseminação de notícias falsas.

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Bolsonaro disse: "Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição."

Conforme explicado pela Folha, a crítica de Bolsonaro está ligada ao fato como o inquérito foi aberto, assim como a inclusão de Bolsonaro como investigado: os fatos ocorreram por ofício, não a pedido do da PGR (Procuradoria-Geral da República).

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Além da primeira fala, Bolsonaro fez outras duas ameaças, ao longo da entrevista, de agir fora dos limites da Constituição para responder à inclusão no inquérito: "O meu jogo é dentro das quatro linhas [da Constituição]. Se começar a chegar algo fora das quatro linhas, eu sou obrigado a sair das quatro linhas, é coisa que eu não quero. É como esse inquérito, do senhor Alexandre de Moraes. Ele investiga, pune e prende? É a mesma coisa," disse.

O presidente também falou: "Estão se precipitando. Um presidente da República pode ser investigado? Pode. Num inquérito que comece no Ministério Público e não diretamente de alguém interessado; esse alguém vai abrir o inquérito, como abriu? Vai começar a catar provas e essa mesma pessoa vai julgar? Olha, eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição. E jogo, se preciso for, com as armas do outro lado. Nós queremos paz, queremos tranquilidade. O que estamos fazendo aqui é fazer com que tenhamos umas eleições tranquilas ano que vem."

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