Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Falta de conhecimento em inglês dificultou resposta sobre consórcio de vacina, diz Ministério da Saúde

Em documentos enviados à CPI da Covid, Ministério caracteriza falta de conhecimento em inglês como um dos obstáculos para análise de adesão ao consórcio

Redação Publicado em 14/07/2021, às 09h31

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Dose de vacina AstraZeneca (Foto: Gareth Fuller - WPA Pool / Getty Images)
Dose de vacina AstraZeneca (Foto: Gareth Fuller - WPA Pool / Getty Images)

A consultoria jurídica do Ministério da Saúde foi solicitada a responder sobre a participação no consórcio de vacinas contra Covid-19, Covax Faciliy, em setembro de 2020. Segundo documentos enviados à CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, a pasta explicou que inglês insuficiente dificultou análise de adesão ao grupo.

Conforme noticiado pela Folha, o Ministério da Saúde argumentou que servidores não tinham “conhecimento suficiente de tal língua estrangeira a ponto de emitir manifestação conclusiva” sobre o Consórcio.

+++LEIA MAIS: Responsabilização de Bolsonaro está mais próxima, aponta CPI da Covid

Outro obstáculo citado pela consultoria jurídica da pasta foi o curto espaço de tempo, que, segundo ele, ocasionou na impossibilidade “de apontar todos os riscos e requisitos para adesão” no consórcio Covax Facility.

Segundo a Folha, os documentos chegaram no Ministério da Saúde em 24 de setembro com prazo de resposta para o dia seguinte, 25. Por isso, a entrada o Brasil no Covax Facility ocorreu meses depois.

+++LEIA MAIS: 70% dos brasileiros acreditam haver corrupção no governo Bolsonaro, aponta Datafolha

A consultoria da pasta concluiu que a adesão teria muitos riscos jurídicos, mas que estaria autorizada pelas Medidas Provisórias editadas pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) dias antes. Apesar disso, O Brasil aderiu ao consórcio apenas em março de 2021.


Redução das doses enviadas pelo Covax Facility

Documentos enviados pelo Ministério das Relações Exteriores à CPI da Covid mostram que o Brasil reduziu a quantidade de doses de vacinas que seriam recebidas do consórcio. Inicialmente, em agosto, o governo optou por doses para imunizar 20% da população — mas o número reduziu para 10% em setembro. 

+++LEIA MAIS: Negligência de Pazuello na compra de vacinas foi ‘grave e dolosa’, aponta MPF

Conforme noticiado pelo G1, O consórcio Covax permitia a compra pelos países de imunizantes para até 50% de suas populações — e o Brasil escolheu a cota mínima possível oferecida: 10%.


+++ OS 5 DISCOS ESSENCIAIS DE BOB DYLAN | ROLLING STONE BRASIL