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Greve dos Caminhoneiros: Bolsonaro pede liberação das estradas, mas paralisação continua

Apesar de áudio de Bolsonaro enviado a caminhoneiros pedindo a liberação das estradas, a paralisação acontece em pelo menos 15 estados

Redação Publicado em 09/09/2021, às 09h40 - Atualizado às 10h14

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Apoiador anda entre caminhões durante ato em apoio a Bolsonaro em maio de 2021 (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)
Apoiador anda entre caminhões durante ato em apoio a Bolsonaro em maio de 2021 (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)

A greve dos caminhoneiros iniciou na quarta, 8 de setembro, após os atos pró-governo realizados no Dia da Independência. Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviar áudio pedindo pela liberação das estradas, a paralisação continua — e pelo menos 15 estados têm pontos de bloqueio.

Segundo reportagem da Exame, na tentativa de desmobilizar os participantes da greve, Jair Bolsonaro enviou um áudio e o ministro da Insfraestrutura Tarcísio de Freitas fez um vídeo. Na declaração do presidente, os caminhoneiros são referenciados como “aliados”:

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"Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque nos caras aí para liberar. Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é facil negociar com outras autoridades, mas vamos fazer nossa parte, vamos buscar uma solução para isso," disse Bolsonaro em áudio.

Em vídeo compartilhado à noite, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou o áudio de Bolsonaro e reforçou a necessidade de suspensão da greve dos caminhoneiros. Confira a filmagem:

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Segundo declaração de Tarcísio de Freitas, os estados com bloqueios nas estradas são: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.

A greve começou um dia após os atos de 7 de setembro, convocados pelo presidente Jair Bolsonaro e apoiadores. Durante as manifestações, o chefe do Executivo fez ameaças de golpe ao STF (Supremo Tribunal Federal) e falou em desobedecer decisões da Justiça brasileira.

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Segundo lideranças da categoria dos caminhoneiros, que não apoiam as paralisações e bloqueios nas estradas, maior parte da greve é organizada por grupos que apoiam o governo de Bolsonaro.

Em agosto, quando se falava em paralisação, Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), afirmou que não faria parte do movimento: "Não nos envolvemos com política, nem a favor de governo ou contra governo, nem a favor do STF (Supremo Tribunal Federal) ou contra o STF."

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