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Medidas para aumentar popularidade de Bolsonaro custam R$ 67 bi

Especialistas acreditam que as medidas para aumentar popularidade de Jair Bolsonaro podem ser retrocesso para o equilíbrio fiscal; entenda

Redação Publicado em 09/08/2021, às 11h08

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Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)
Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)

Como tentativa de aumentar a popularidade de Jair Bolsonaro (sem partido), diversas medidas foram sinalizadas pelo governo federal, entre elas a redução de impostos sobre diesel e reajuste do Bolsa Família. Essas ações custam, por enquanto, R$ 67 bi.

Em 2022, Bolsonaro tentará a reeleição para a presidência — por isso mobiliza diversos ministros a aumentar os gastos na tentativa de elevar a popularidade do governo. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o ministro da Economia Paulo Guedes é o grande pressionado, e diversos analistas percebem o risco sobre o cumprimento das regras fiscais.

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Segundo Jair Bolsonaro, apenas a isenção do Diesel no próximo ano custaria R$ 26 bilhões aos cofres públicos. A expansão do Bolsa Família a R$ 400, de acordo com Paulo Guedes, custaria R$ 25 bi enquanto a reforma tributária subtrairia de estados e municípios R$ 7,7 bilhões.

Para fazer as medidas caberem no orçamento, discuti-se maneiras de driblar o teto de gastos que preocupam especialistas. Uma das ações seria o parcelamento de precatórios, dívidas de sentenças judiciais contra a União, a serem pagos em 2022. A medida empurraria o valor para os anos seguintes, e é considerada um retrocesso para alguns.

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A opinião de especialistas

Em entrevista à Folha, Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, explicou: "Todo tipo de contorno ao teto de gastos, ainda mais nesse momento, é um retrocesso no arcabouço fiscal brasileiro, que gerou tantos benefícios em passado recente. A dicotomia entre determinadas alíneas do Orçamento e os precatórios é inexistente, trata-se apenas de uma estratégia populista para melhorar a aceitação dessa proposta que não tem o menor cabimento econômico."

Caio Megale, economista-chefe da XP, afirmou em relatório sobre a necessidade de cautela ao observar as eleições em diálogo com melhores recentes em arrecadação e dívida pública, por exemplo.

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"Discussões sobre o aumento dos gastos para o ano eleitoral, especialmente se isso incluir mudanças ao atual quadro fiscal, podem erodir rapidamente esses ganhos de curto prazo", disse Megale (via Folha).


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