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Veneno de cobra brasileira inibe covid-19, diz pesquisa

Segundo estudo da Unesp, proteína encontrada na cobra jararacuçu pode conter replicação de covid-19 em 75%

Redação Publicado em 27/08/2021, às 15h27

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Cobra jararacuçu (Foto: Reprodução/Instituto Butantan)
Cobra jararacuçu (Foto: Reprodução/Instituto Butantan)

O neurocirurgião Fernando Gomes comentou na quinta, 26, em participação na CNN, sobre um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que aponta para o veneno cobra brasileira como possibilidade de inibir a covid-19.

Segundo a pesquisa do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, no interior do estado de São Paulo, o veneno da cobra jararacuçu tem um veneno com uma proteína que empolgou cientistas. A substância conseguiu inibir em até 75% a capacidade de reprodução do vírus.

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Segundo Gomes, é comum usar substâncias da natureza para tratamento de doenças, inclusive veneno de cobrar: “Em São Paulo, tem a Ilha de Queimada Grande, em Itanhaém, onde temos a jararaca-ilhoa, que tem veneno com a capacidade de se controlar a pressão arterial e é utilizado em medicamentos ao redor do mundo.”

O médico aponta para a importância da descoberta sobre o veneno de cobra, uma vez que ainda não há remédios específicos que tratam a covid-19: “Se houver um medicamento disponível que eu possa oferecer para o paciente que está infectado e dá tempo adicional para que o sistema imunológico possa reagir, produzir anticorpos e as células possam combater de forma mais eficiente, talvez a gente esteja diante de substância decisiva no controle dessa doença.”

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Conforme publicado pela CNN, uma das toxinas do veneno foi sintetizada e estuada a partir da possibilidade de bloquear a multiplicação de células contaminadas pelo coronavírus no organismo da pessoa infectada.

Células de macaco cultivadas em laboratório foram utilizadas pela pesquisa. Separadas em dois, metade das células receberam o peptídeo (pedaço de proteína). Após dois dias, resultados mostraram que a molécula inibiu em 75% a multiplicação do vírus nas células de macaco.

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Ainda não há confirmação de que a toxina será utilizada no tratamento de humanos contra a covid-19. Conforme explicado pelo pesquisador Eduardo Maffud Cilli, professor do Instituto de Química e um dos autores do estudo, ainda são necessários vários testes:

“Com esses resultados, vamos começar a testar em células de humanos, sobretudo as células de pulmão, órgão que o vírus ataca principalmente. Vamos verificar também se a molécula atua diretamente no vírus ou só na replicação viral. Dependendo dos resultados, iremos para os estudos in vivo, que é testar as moléculas em cobaias,” disse à CNN.


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