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Sucesso dos anos 2000, Nickelback volta ao Rock in Rio: 'Temos que disputar mais para sermos ouvidos' [ENTREVISTA]

Conversamos com o baixista Mike Kroeger, que revelou seu amor pelos brasileiros e desabafou sobre os dilemas que rodeiam a banda canadense

Lorena Reis Publicado em 22/09/2019, às 17h00

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Nickelback volta ao Brasil para duas apresentações (Foto: Divulgação)
Nickelback volta ao Brasil para duas apresentações (Foto: Divulgação)

Criado em 1995, o Nickelback vendeu mais de 50 milhões de álbuns nos anos 2000, conquistando o título de melhor grupo de rock da década pela Billboard. Goste ou não do som post-grunge dos rapazes, esse é um sucesso que não pode ser ignorado. 

Com quase 25 anos de estrada, a banda retorna ao Brasil para duas apresentações: uma no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 3 de outubro, e outra no último dia do Rock in Rio, 6 de outubro. 

É a segunda vez que Chad Kroeger e companhia embarcam em território nacional, onde emplacaram diversos hits como “How You Remind Me”, “Photograph”, “Far Away”, entre tantos outros.

O baixista Mike Kroeger, irmão do vocalista Chad, conversou com a Rolling Stone BR sobre as expectativas dele em relação aos próximos shows. “Tenho muitos amigos brasileiros com quem passo bastante tempo. Então eu estou muito animado.”

E continuou, demonstrando grande afeto pelas artes marciais do país: “Eu soube, inclusive, que um dos meus maiores heróis, Carlson Gracie [mestre brasileiro de jiu-jitsu], acabou de ganhar uma estátua em Copacabana, o que me deixou ainda mais ansioso de visitar o Brasil.”

Como a maioria dos ídolos estrangeiros, Mike também tinha muitos elogios a proferir ao público brasileiro: “Quando nos apresentamos no Rock in Rio pela primeira vez, não estávamos preparados para o que vocês fazem nos shows de rock, é surreal. Vocês devem se orgulhar muito disso. Tão cheios de paixão, sabem todas as letras e cantam juntos. É lindo.”

Quando o Nickelback conheceu o Brasil, em 2013, Mike se perguntou o porquê de não ter vindo antes. Mesmo assim, o quarteto demorou seis anos para voltar.

Muitas coisas mudaram desde então, ainda que o baixista não saiba definir, ao certo, em que fase da carreira eles se encontram: “Se eu pudesse responder sobre qualquer outra banda, eu conseguiria. Mas falar sobre si é um tanto complicado, quase como pedir para um peixe descrever uma piscina de peixes. Apenas as pessoas de fora dela conseguem.”

Agora, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro foram incluídas na turnê mundial do disco Feed The Machine (2017), que estreou no quinto lugar da Billboard 200 ao vender mais de 47 mil cópias.

Além de sua posição no ranking, o álbum também foi o quarto na parada de álbuns mais populares, o segundo na parada de álbuns de rock independentes e o primeiro na parada de Hard Rock.

No entanto, as músicas de Feed The Machine não serão as únicas a compor as apresentações do Nickelback no Brasil.

“Nós estamos na estrada há um bom tempo, mais de 20 anos. Para tocarmos as coisas novas, teríamos que deixar de lado as músicas que trouxeram as pessoas para o nosso show em primeiro lugar, então é muito difícil. Para cada música nova, uma antiga tem que sair, e não podemos fazer isso”, explicou Mike.

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Enquanto os integrantes da banda viajam o mundo com a turnê, projetos futuros estão sendo pensados com muita cautela. “Não temos planos e nem agenda. Nenhuma obrigação com gravadoras, nem nada do tipo”, diz o baixista, “estamos fazendo as coisas no nosso tempo. Também não quero pressionar meu irmão, quero que ele componha quando se sentir inspirado, quando for a hora certa.”

Além disso, hoje em dia, muitos fatores giram em torno da concepção de um novo álbum. Tendo em vista que o mercado fonográfico mudou consideravelmente ao longo de tantos anos de atuação, Mike afirmou que a competição tem ficado mais acirrada: “Acredito que, hoje, as pessoas têm mais liberdade para se expressar. Mas, como resultado, temos que disputar um pouco mais de espaço para sermos notados.”

“Nós mesmos nos pressionamos quando vamos ao estúdio. Não pela expectativa das outras pessoas, ou para superar trabalhos anteriores, mas para darmos o nosso melhor. É uma pressão que começa de dentro. Nós criamos a melhor música possível sobre o que a gente gosta e o que acreditamos e, com sorte, os fãs vão gostar”, concluiu.