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7 PERGUNTAS - Tudo Muito Bom

Líder da Blitz fala sobre a banda, que comemora 30 anos de carreira em 2012

Lucas Reginato Publicado em 17/09/2012, às 15h46 - Atualizado às 15h48

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<b>DURABILIDADE</b> “Banda é um casamento”, diz Evandro Mesquita - Divulgação
<b>DURABILIDADE</b> “Banda é um casamento”, diz Evandro Mesquita - Divulgação

Em 1982, a Blitz chegou às rádios ao lançar o hit “Você Não Soube Me Amar”. A música apresentou para o Brasil uma banda irreverente, que tinha novos temperos graças às origens no teatro e a uma geração que quebrava alguns do s paradigmas dos anos anteriores. Em 2012, o primeiro single completa 30 anos, e Evandro Mesquita, acompanhado de uma trupe renovada, está na estrada na turnê comemorativa Enquanto Houver Bambu, Tem Flecha.

Você percebe alguma renovação do seu público?

Ficamos meio no underground em relação à mídia, mas a garotada descobre na internet, ou com disco de pai, de irmão mais velho, oxigena os shows, e canta as músicas junto ao pessoal da nossa geração.

Como se sente de ter canções feitas há tanto tempo ainda queridas pelo público?

Ano passado a gente esteve no Japão para fazer o Brazilian Day. Cem mil pessoas no parque Yoyogi, em Tóquio, e no dia do show acordei emocionado com esse lance de que eu fiz uma música há 30 anos em uma praia de Saquarema com amigos e ela continua viva.

E não te incomoda que uma canção feita há tanto tempo continue a ser talvez a mais pedida nos shows?

Paul McCartney também deve responder bastante a isso. Mick Jagger, Bob Dylan, João Gilberto, Caetano também. Faz 70 anos que eles tocam a mesma coisa. Mas a música não tem isso. Eu não tenho o menor pudor de tocar os hits antigos. A gente está compondo coisas novas, fazemos no show e tem boa aceitação, mas não tenho menor problema de tocar os sucessos como se tivessem sido compostos no mês passado.

Uma das características da Blitz é a irreverência. Como o teatro influenciou vocês?

O teatro que eu sempre fiz já tinha essa energia pop, rock. Nas minhas primeiras peças, comentavam “adorei o show de vocês”, mas na verdade era teatro que tinha aquela energia “não comportada”. E comecei a fazer música a partir disso, com a possibilidade de diálogos entre homem e mulher. Sempre sugeri cenários, personagens.

A Blitz foi sua primeira experiência como músico?

Mais ou menos. Antes eu tocava com amigos surfistas em Ipanema. Havia um puteiro chamado Trapézio, que a gente chamava de Trepázio [risos], que tinha só um microfone, um amplificador e cerveja gelada, e a gente se reunia para tocar as coisas de que gostávamos.

Como você vê as mudanças de formação da Blitz, que ficou um tempo parada e voltou há alguns anos?

Banda é um casamento a sete. A gente está sempre naquela batida de formação perfeita. Eu sempre falo que é mais importante o beijo na boca que as bodas de ouro. Tem de estar em um clima legal na hora para sentar a bunda no ônibus e ficar horas na estrada. A gente tá chegando nisso, nunca tivemos uma equipe tão boa, o que torna a experiência da estrada muito legal.

Esta turnê comemorativa será registrada?

A gente vai gravar no Circo Voador no dia 6 de outubro, com transmissão ao vivo pelo Multishow, e estamos também preparando para o ano que vem um disco de inéditas.