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O duo paulistano ALDO é completamente familiar: além de ser formado por irmãos, também homenageia um tio

Lucas Reginato Publicado em 27/08/2013, às 13h03 - Atualizado em 27/09/2013, às 13h04

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<b>SOBRINHOS</b>
Mura e André Faria formam o indefinível Aldo - Paulo Bega/ Divulgação
<b>SOBRINHOS</b> Mura e André Faria formam o indefinível Aldo - Paulo Bega/ Divulgação

Para André e Mura Faria, foi um verdadeiro desafio terminar o disco de estreia do Aldo, projeto que iniciaram há cerca de dois anos. Primeiro, porque manter um projeto entre irmãos não é fácil. “É impossível trabalhar”, diz Mura, sobre o irmão. “Ele é muito criterioso, mas pelo fato de ser muito talentoso, tem uma visão muito clara do que quer.” As brigas levaram inclusive a um período de três meses de afastamento, depois que o álbum Is Love, lançado recentemente, já estava encaminhado. “Combinamos de voltar a nos falar para terminar esse disco, que já tinha dado muito trabalho”, explica André, que afirma ter agora estabelecido um “pacto de amizade” com Mura.

“A parceria começou, na verdade, quando eu nasci, há 28 anos”, conta Mura, o caçula. Na infância, ambos dividiram o quarto e o interesse pela música, assim como a admiração por um tio, Aldo, que se tornou o personagem inspirador do atual projeto. Um homem “hedonista”, como descreve André, que entre os anos 80 e 90 cometia ousadias, como levar os dois meninos a bordo de um Santana vermelho para tirar racha. “Se meu irmão não existisse, eu duvidaria da minha própria memória”, diz Mura. As lembranças misturadas às experiências musicais resultaram no som despretensioso da banda Aldo, que entre o rock alternativo e a música eletrônica estabeleceu, assim como o tio, a diversão como prioridade.

Outra dificuldade foi driblar a censura da mãe deles, Sandra, que temia a recuperação de histórias de um momento familiar delicado. “Pensamos em mudar o nome para Nelson, mas perdeu muito a magia. Então fomos até ela e falamos que se alguém podia proibir, era o próprio Aldo”, conta André, que se lembra de quando o tio, hoje evangélico, decretou: “Sandra, deixa os garotos se divertirem”.