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Na edição de setembro da Rolling Stone Brasil, contamos tudo sobre a turnê de Bruce Springsteen e o maior show de rock da atualidade

No auge de uma carreira de mais de 40 anos, astro tem apresentações agendadas em São Paulo e no Rock in Rio

David Fricke | Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 16/09/2013, às 12h28 - Atualizado às 13h27

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Bruce Springsteen na capa da edição de setembro da <i>Rolling Stone Brasil</i>
Bruce Springsteen na capa da edição de setembro da <i>Rolling Stone Brasil</i>

O horário oficial do show de Bruce Springsteen & The E Street Band em 31 de maio, no Stadio Euganeo, em Pádua, Itália, é 20h30. Mas a música começa muito antes, às 17h40, quando Springsteen sobe sozinho no palco, com um violão e uma gaita no suporte do pescoço, para o delírio chocado de dezenas de milhares de fãs que já ocupam a pista e as arquibancadas. Ele já surpreendeu os devotos adiantados com algumas apresentações pré-show na turnê europeia: 33 datas em estádios e festivais terminando na Irlanda, no final de julho. E ninguém sabe o que pode acontecer por aqui, onde ele tem dois shows agendados, em São Paulo (Espaço das Américas, 18 de setembro) e no Rock in Rio (21 de setembro). Na capa deste mês, a Rolling Stone Brasil investiga todos os detalhes da atual turnê do astro – e comprova que este é o maior show do mundo atualmente.

15 músicas insanamente incríveis de Bruce Springsteen que você provavelmente nunca ouviu.

Na Itália, ele abre com uma performance robusta de “The Promised Land”, do álbum Darkness on the Edge of Town (1978), mas são os italianos, muitos deles adolescentes e jovens na faixa dos 20 anos, que terminam a música, cantando em uníssono sensual depois que Springsteen acaba. Eles também chamam a próxima música, entoando o gancho “oooh” de “Growin’ Up”, do disco de estreia, Greetings from Asbury Park, N.J. (1973). O cantor entende o recado, acompanhado pela multidão toda vez que vem o refrão.

“O mundo é seu idioma”, Springsteen observa mais tarde, no camarim, uma hora antes de o verdadeiro show começar. Ele está respondendo, em um grunhido atencioso, a uma pergunta sobre idade e distância: como o ambiente e as histórias de Nova Jersey em suas primeiras músicas conseguem tocar públicos criados a dezenas de anos e a milhares de quilômetros de distância. “Peguei elementos da minha própria experiência”, continua, “e transformei em uma linguagem universal. O local verdadeiro – eu sou de lá, e mesmo assim, inventei a maioria das coisas.” Há uma explosão de risos. “Essa ideia, de que não são de Nova Jersey” – ele faz um gesto em direção às 40 mil pessoas que esperam do lado de fora – “não é mais relevante do que é para mim. O que conduz isso são a memória e a experiência em comum.”

Em Pádua, sob chuva torrencial, o show dura três horas e conta 27 músicas, incluindo uma leitura completa da obra-prima de 1975, Born to Run. Uma transição vai da batida vingadora de “Death to My Hometown”, de Wrecking Ball, para “Spirit in the Night”, do disco Greetings. Nesta, o destaque é Jake Clemons, 33 anos – sobrinho de Clarence Clemons, saxofonista da E Street que morreu em 2011 –, saindo da seção de sopro para se posicionar do lado direito de Springsteen e tocar os icônicos solos do tio. “Vejo sombras de Clarence”, diz Roy Bittan quando lhe perguntam o que ele presencia do piano sempre que Jake aparece ao lado de Springsteen. “E vejo a passagem de uma tocha que temos a sorte de ter.”

Você lê mais sobre a atual turnê de Bruce Springsteen na edição de setembro da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir desta segunda, 16.