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Começo no Susto

Com o lançamento do disco comemorativo 91, o Skank relembra as origens improvisadas da banda

Itaici Brunetti Publicado em 17/09/2012, às 16h14 - Atualizado às 16h16

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<b>DECEPÇÃO</b> O primeiro show do Skank, em 1991, teve menos de 30 pagantes - WEBER PADUA/DIVULGAÇÃO
<b>DECEPÇÃO</b> O primeiro show do Skank, em 1991, teve menos de 30 pagantes - WEBER PADUA/DIVULGAÇÃO

“Assim como o show mais lotado, você nunca vai esquecer o show mais vazio”, diz Haroldo Ferretti, do Skank, sobre a primeira apresentação da banda fora de Belo Horizonte. O show a que o baterista se refere é o que aconteceu no longínquo 5 de junho de 1991, no projeto Disco Reggae Night, no Aeroanta, em São Paulo. O evento teve menos de 30 pagantes, mas agora pode ser ouvido no álbum 91. “Montamos o Skank propriamente para tocar nesse show, já que a data tinha sido herdada de uma antiga banda minha”, conta o vocalista Samuel Rosa. “A gente se preparou três meses para essa apresentação e a nossa expectativa era além da conta. Acreditávamos que seria uma bela vitrine, um divisor de águas, mas voltamos frustrados pra casa”, relembra o cantor. “No final do show o técnico de som chegou pra mim e disse: ‘Eu gravei o show’”, conta Ferretti. “Daí eu peguei a fita e guardei por todo esse tempo, até que tivemos a ideia de lançá-lo para comemorar os 20 anos da banda.” Mas 91 também tem as primeiras gravações do Skank, nunca antes lançadas. Entre as canções nostálgicas, os músicos apontam as mais representativas:

“BAIXADA NEWS”

“É minha preferida. Foi a primeira vez que conseguimos tocar um reggae com dub”, comenta Ferretti. “Era uma música ‘cult’ do Skank. Nunca foi um hit, mas muita gente gostava dela”, explica Rosa.

“RÉU E REI”

“Foi minha primeira composição com o Chico Amaral, é um híbrido de dancehall com o reggae tradicional. O arranjo de metais dela é mais próximo de um naipe de jazz do que de música jamaicana ou carioca”, conta Rosa. “Esta música foi uma das minhas primeiras experiências com bateria eletrônica no Skank”, completa Ferretti.

“TELEFONE”

“Esta música é do Júlio Barroso. Na época a gente fazia muito cover para preencher o repertório para tocar em barzinho, e essa era uma muito conhecida nos anos 80. Conseguimos fazer um arranjo do qual eu gosto muito”, explica o baterista.

“O HOMEM QUE SABIA DEMAIS”

“Este foi o primeiro ragga que conseguimos fazer, e ficou bem mineiro”, brinca Rosa sobre a música que foi regravada em Skank, álbum de estreia da banda, lançado no mesmo ano.

“A TELA”

“Esta música só existe na versão ao vivo mesmo. Vinha da antiga banda de Samuel e é muito boa”, conta Ferretti. “Gosto dela, tem uma puxada mais levada para o rock and roll”, complementa o vocalista.