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Damn Laser Vampires

Rock Horror Show com chimarrão

Alessandra Marder Publicado em 15/08/2007, às 11h06 - Atualizado em 11/09/2007, às 11h23

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Ronaldo Selistre e Francis K: malditos vampiros do sul - Flávio Barboza
Ronaldo Selistre e Francis K: malditos vampiros do sul - Flávio Barboza

Das profundezas da já desgastada cena do rock gaúcho finalmente aparece algo que merece atenção. Damn Laser Vampires é a nova sensação underground de Porto Alegre e, se depender do talento do trio, este é apenas o começo. Com pouco mais de um ano de estrada e uma formação com duas guitarras e uma bateria, o DLV aproveita a combinação terror + humor para produzir música da melhor qualidade.

Depois de diversas tentativas frustradas, o casal de ilustradores Ronaldo Selistre e Francis K resolveu montar uma banda para compor e tocar no formato que sempre idealizaram: misturar psychobilly, new wave e polka, embalados não só pela sonoridade, mas fundamentalmente pela atitude punk inerente à dupla. O próximo passo foi incorporar um baterista - posto atualmente ocupado pelo também ilustrador Michel Munhoz - e contar com a ajuda dos amigos para lançar o primeiro EP Devil Is a Preacher, em junho de 2005.

De lá pra cá, o sistema de produção do "faça você mesmo" pouco mudou, mas a legião de admiradores e entusiastas cresceu vertiginosamente. O primeiro álbum do DLV, Gotham Beggars Syndicate, lançado neste ano, inclui além da faixa-título e o hit "Devil Is a Preacher", as ótimas canções "Louvre" e "Bracadabro". Acompanhadas por um fanzine/HQ, as cópias do disco são produzidas pelos próprios integrantes da banda, o que torna sua distribuição, realizada exclusivamente pela internet, mais um feito pessoal. "A gente é ao mesmo tempo uma banda, uma linha de montagem, uma confecção, um estúdio de ilustração, ou seja, temos muito pouco tempo para atender a tudo isso. A demanda de pedidos está aumentando, mas nossa estrutura é limitada. Fatalmente vai chegar o momento em que, ou conseguimos a parceria de um selo, ou paramos de vender", sentencia Ronaldo Selistre.

Sem nunca ter tocado fora do estado, e com poucos (porém contundentes) shows no currículo, os DLV compõem e cantam em inglês porque acreditam que a língua tem a ver com a sonoridade que eles sempre quiseram fazer. A divulgação do trabalho fica por conta das ferramentas virtuais e do boca a boca, além da coleção de camisetas e lenços exclusivos criados pela também designer Francis K. "Isso ajuda a nos divulgar. Amigos que tocam em outros grupos, e também gente que não toca, usam nossas peças e ajudam a espalhar a marca", explica. Entre os próximos planos dos DLV está a produção do primeiro videoclipe, uma animação feita de próprio punho para música "Saint of Killers" e a possibilidade de uma turnê nacional, quem sabe até internacional. "Adoraríamos tocar na Transilvânia! Um dia ainda chegaremos lá", sonha Ronaldo. Conde Drácula que se cuide.