Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Oscar: relembre os discursos mais marcantes da história da premiação

Redação Publicado em 19/02/2013, às 16h48 - Atualizado às 19h56

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Galeria Discursos do Oscar - Capa - Roberto Benigni - AP
Galeria Discursos do Oscar - Capa - Roberto Benigni - AP

Cuba Gooding Jr. não conseguiu controlar a alegria ao ser eleito o Melhor Ator Coadjuvante na cerimônia de 1997, pelo papel de Rod Tidwell em Jerry Maguire - A Grande Virada. "Eu sei que tenho pouco tempo, então vou ser rápido", disse ele, já com a estatueta na mão. "E vocês podem cortar, eu não vou ficar bravo com vocês", completou, antes de disparar juras de amor e agradecimentos em uma velocidade impressionante. A música logo começou, mas ele permaneceu no palco, agradecendo.
Halle Berry não conseguiu conter as lágrimas ao subir ao palco e receber o prêmio de Melhor Atriz por A Última Ceia, em 2002. Ela acabava de se tornar a primeira mulher negra a receber o prêmio. "Esse momento é muito maior que eu", disse a atriz. "É um momento para Dorothy Dandridge, Lena Horne, Diahann Carroll", disse. É um dos mais emocionantes discursos desta lista, sem dúvida.
Para uns, falta tempo. Para outros, como Joe Pesci, alguns míseros segundos bastam. O ator levou a melhor contra Bruce Davison, Andy Garcia, Graham Greene e Al Pacino, em 1997, na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, pelo papel de Tommy DeVito em Os Bons Companheiros. Depois de uma pausa dramática – como bom ator –, ele disse simplesmente "Foi um privilégio. Obrigado". E saiu. Rápido e prático.
Este ganha o prêmio de melhor discurso à distância do Oscar. Marlon Brando se recusou a receber o prêmio de Melhor Ator por O Poderoso Chefão, em 1973. Em seu lugar, ele mandou uma atriz vestida de índia para fazer um discurso e não aceitar a premiação – repare na expressão de Roger Moore quando ela não pega a estatueta. A justificativa é que ele não concordava com a forma como os indígenas americanos eram tratados pela indústria, algo que gerou aplausos e vais.
"Talvez seja a primeira vez que eu esteja sem palavras", disse Robin Williams, na única vez que ele ganhou um prêmio da Academia, como Melhor Ator Coadjuvante por Gênio Indomável, em 1998. Já no fim do discurso, ele agradece a seu pai, apontando para cima. "Quando eu disse a ele que queria ser um ator, ele respondeu: 'Ótimo, mas arrume uma segunda profissão, como soldador".
Julia Roberts não ligou para os protocolos e para o curto tempo que cada ator possui para fazer seu discurso. Logo no começo, ela já deu um recado para o maestro: "O senhor está fazendo um ótimo trabalho, que tal sentar aí um pouco, pois eu posso nunca mais voltar aqui". E, com isso, ela seguiu seu discurso agradecendo "todas as pessoas que eu conheci na minha vida" – quase literalmente.
Na primeira e única fez em que foi indicado pela Academia, Adrien Brody soube aproveitar todos os momentos. Eleito o Melhor Ator pelo papel em O Pianista, em 2003, ele beijou Halle Berry, algo que não estava no roteiro, e depois brigou com a orquestra, que teimou em interromper seu discurso.
Por Tiros em Columbine, Michael Moore e Michael Donovan subiram ao palco para aceitar o Oscar de Melhor Documentário. Moore, ácido e rápido, logo engatou discurso anti-George W. Bush, então presidente dos Estados Unidos, em 2003. A música subiu, na tentativa de cortar as palavras de Moore, que dizia "Nós somos contra essa guerra, senhor Bush". A plateia foi dividida: alguns aplaudiram, outros vaiaram.
Duas vezes vencedor na categoria de Melhor Ator, Dustin Hoffman fez um belo discurso no primeiro deles, ganhado ao protagonizar Kramer vs. Kramer, em 1980. Mesmo sério, ele começou logo com uma piada: "Ele não tem genitália e está segurando uma espada", brincou, sobre a famosa estatueta. "E gostaria de agradecer meus pais por não terem praticado métodos anticoncepcionais", disse. Mas a brincadeira, depois, se foi e ele deu um ótimo recado sobre a união da classe artística norte-americana.
Emocionante ver a felicidade de Roberto Benigni ao receber o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por A Vida É Bela. Ele subiu nas poltronas, caminhou sobre a plateia e, na hora de agradecer, embananou-se no inglês. Tudo bem, a cerimônia é uma festa e todos riram com o discurso bem humorado do italiano. "Gostaria de agradecer meus pais, que estão em Vergara, uma pequena vila na Itália, que me deram o melhor dos presentes: a pobreza."