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Indie, Pop e Metal

Dream Theater comemora a química em nono disco

Cassiano Barbosa Publicado em 30/07/2007, às 13h50 - Atualizado em 10/08/2007, às 17h50

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John Petrucci (o segundo da esq. para a dir.) prometeu mais um show do Dream Theater no Brasil - Divulgação
John Petrucci (o segundo da esq. para a dir.) prometeu mais um show do Dream Theater no Brasil - Divulgação

"Somos uma máquina independente de fazer música e turnês", define um bem-humorado e empolgado John Petrucci, guitarrista do Dream Theater. "Estamos em uma excelente época da nossa carreira como banda. Tantas foram e voltaram, e nós estamos mais fortes do que nunca. É uma sensação extraordinária, que dinheiro nenhum compra. É legal ter um hit, mas nada se compara ao trabalho recompensado por atrair pessoas como nossos fãs." O discurso quase emocionado do co-líder do quinteto nova-iorquino é compreensível: amparado durante 21 anos por um dedicado e leal exército de fãs, o Dream Theater acabou de gravar um disco autoproduzido antes mesmo de assinar um contrato com a gravadora Roadrunner. Com um estilo neoprogressivo pouquíssimo acessível às rádios (muito graças à longa duração da maioria das músicas, que chegam a ultrapassar os 10 minutos), Petrucci reconhece a ajuda da internet na divulgação de sua música: "É uma ferramenta inacreditável. A internet é uma extensão da cena underground que faz o mundo virar um lugar menor. Ela só aumentou nossa exposição, o que funcionou muito bem para nós". Sobre o Brasil, o guitarrista de 39 anos é só elogios: "É um daqueles lugares que você espera ansioso para tocar, pois sabe o quanto as pessoas vão estar pilhadas para se divertir. Parece um universo paralelo, eu sempre saio de lá querendo que outros lugares em que toco sejam daquele jeito. Definitivamente, iremos para divulgar este disco, só não tenho certeza de quando será".

Systematic Chaos, o nono de estúdio do Dream Theater, é definido por Petrucci como "uma mistura de estilos pesados, progressivos e melódicos. Há vários elementos diferentes, mas ele se mantém sombrio e progressivo o tempo todo". O ânimo para tocar com as mesmas pessoas após mais de duas décadas parece não ser problema para o guitarrista, que divide seu tempo entre o Dream Theater e projetos paralelos, como o experimental Liquid Tension Experiment e as turnês virtuosas do trio de guitarras G3. "A nossa química está fantástica, parece que nos conhecemos melhor agora. O legal de tocar com esses caras é que cada um pluga seu instrumento, começa a trocar idéias e riffs e, sem perceber, já temos um vasto material para escolher. A paixão pela criatividade, fazer música e expandir os próprios limites está em nosso sangue", declara. Será que é esse o segredo da forte conexão entre a banda e seus fãs? "Acho que sim. Somos fãs de música também, então tentamos deixá-la sempre interessante. Se a achamos legal e emocionante, esperamos que ela seja também para outras pessoas. É uma paixão genuína nossa."