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Lirinha Encerra Autoprivação

Ex-vocalista do Cordel do Fogo Encantado busca novidade em primeiro álbum solo

José Julio do Espirito Santo Publicado em 10/11/2011, às 13h43 - Atualizado em 15/12/2011, às 18h47

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<b>ELE E A CANÇÃO</b> O músico diz ter cometido um sucídio para recomeçar - CAROLINE BITTENCOURT/DIVULGAÇÃO
<b>ELE E A CANÇÃO</b> O músico diz ter cometido um sucídio para recomeçar - CAROLINE BITTENCOURT/DIVULGAÇÃO

“A forma como pude trabalhar a poesia mudou bastante para mim”, revela Lirinha. Quase dois anos após a dissolução do Cordel do Fogo Encantado, ele lança o primeiro disco solo, Lira. “O Cordel tinha um envolvimento forte com a poesia e comunicação com o público, mas eu sempre trabalhava personagens.” Quem protagoniza o novo trabalho é José Paes de Lira – ou seja, nome e sobrenome. O álbum foi produzido por Pupillo, da Nação Zumbi. “Ele também tocou uma bateria em pé, claramente inspirado em Velvet Underground, com um bumbo enorme”, Lirinha explica.

Bactéria, do mundo livre s/a, faz as vezes do baixo nos teclados e Neilton, guitarrista da banda punk Devotos, completa o trio de apoio. “Gosto de trabalhar com pessoas que tentam descobrir novos timbres nos instrumentos”, conta o cantor. O novo álbum traz pelo menos uma dúzia de participações especiais, a mais importante sendo a do músico pernambucano Lula Côrtes. Na psicodélica “Adebayor”, Côrtes toca o tricórdio, instrumento inventado por ele mesmo na década de 70. Foi a última música gravada em estúdio por Cortês antes de falecer, em março último.

Lira saiu após um período de autoprivaçãode. “Procurei muitos argumentos para minha saída do Cordel, mas nada foi mais verdadeiro do que o de trilhar novos caminhos. Eu me distanciei dos palcos e por um tempo fomos só nós – eu a canção”, ele desabafa. “É parecido com suicídio, mas, na arte, isso não é algo negativo.”