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VIDAPOP - O Lado Secreto de 2011

Miguel Sokol Publicado em 09/12/2011, às 12h51 - Atualizado em 26/12/2011, às 14h48

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<b>DESLEIXADO </b> Casablancas nem liga para roupas - MARCOS ISSA/DIVULGAÇÃO
<b>DESLEIXADO </b> Casablancas nem liga para roupas - MARCOS ISSA/DIVULGAÇÃO

Todo mundo fica sabendo quando um músico reclama que saiu feio na foto, mas da parca colaboração na hora da fotografia ninguém sabe. Mas vai saber (e é agora!): fiz uma retrospectiva “proibidona” do que se passou dos palcos para trás em 2011. Sim, amigos, eu estive lá, nos bastidores, e vi o que músico nenhum quer que seja visto. Começando pela própria visão do apocalipse, o pescoço da Cyndi Lauper.

Era fevereiro, quando a cantora desembarcou no Brasil e, durante a série de entrevistas concedidas em São Paulo, ficou claro que não foram só seus hits que envelheceram mal. A garota que há 25 anos queria apenas se divertir agora só pensa em esconder o próprio pescoço. Cyndi fez, pessoalmente, todos os cinegrafistas e fotógrafos presentes jurarem que seu “papo” não apareceria nas imagens. E o pior é que ela tinha motivo para tanto, pois graças à sua perseverança, nenhum presente pôde deixar de reparar que seu pescoço parecia uma panqueca.

Dos sete pecados capitais, a vaidade ainda não acometeu Alice Cooper. Ele foi maquiado na mesma sala em que diversas equipes de reportagem esperavam para entrevistá-lo – e nem se importou.

Mas surpreendente mesmo foi a falta de rock em camarins supostamente roqueiros. Como explicar o do Muse no estádio do Morumbi? Luz indireta cor-de-rosa, flores por todos os lados e uma mesa com quitutinhos para comer e somente chazinho para beber (mas chás tão finos e variados que despertariam inveja na sua avó).

O rock ficou mesmo por conta dos Strokes. Julian Casablancas apareceu para uma bateria de entrevistas no saguão de um chique hotel paulistano, desses que preciso é inverter das palavras a ordem para tamanha chiqueza dimensionar. E foi nesse distinto saguão que Julian surgiu, amassado, de óculos escuros e descalço, vestindo – agora vem o melhor – a roupa do show da noite anterior. De limpo nele, só a camisa da nossa seleção que fora jogada ao palco por uma fã e era a sua única peça de roupa “limpa”.

Para quem pensa que o cérebro do Ozzy não é um repolho cozido e que a série Os Osbournes era uma farsa, sinto muito. Flagrei o príncipe das trevas tentando, frustradamente, jogar fora o chiclete que mastigava... em uma mesa de centro. Sim, ele pensou que era um lixo e, ao perceber o papelão, a boca que canta “Children of the Grave” soltou um sonoro “Dãã”.

Em eterna obrigação com a verdade, por mais que essa possa mudar, sinto a obrigação de frisar que nem tudo descrito aqui foi testemunhado por mim. O que eu não vi foi Bubba, meu fiel escudeiro, quem viu. Por exemplo, uma revelação que por acaso desagrade a alguém... bem, essa se m dúvida foi ele.