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O Ódio

Redação Publicado em 11/10/2007, às 18h43 - Atualizado em 12/10/2007, às 11h08

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O Ódio
O Ódio

Conto de duas cidades

A cidade dos cafés e dos intelectuais, dos museus e dos romances teve suas páginas gotejadas de sangue com a explosão dos quebra-quebras nas periferias de Paris no final de 2005, depois que dois jovens morreram eletrocutados em uma estação de energia enquanto fugiam da polícia. Inspirado por um evento parecido, a morte de um jovem de 17 anos sob custódia, o diretor Mathieu Kassovitz ganhou o prêmio de melhor encenação no Festival de Cannes de 1995 por O Ódio (La Haine). Mais de dez anos depois, o filme, revelado em uma película de som que deu uma tonalidade especial, em preto-e-branco (nos extras é possível conferir as cenas cortadas em cores, seqüências deletadas, storyboards e casting), chega às lojas. "Sem dinheiro, essa foi a melhor forma que encontramos para fazer um filme artístico", afirma Kassovitz no making of que mostra também detalhes de como foi o dia-a-dia da equipe em Chanteloupe, comunidade na periferia da capital francesa onde as cenas foram rodadas. "Depois de um tempo, já não agüentava mais ficar ali nos finais de semana. Sempre que voltava (para as filmagens), alguma tragédia tinha acontecido", lembra Vincent Cassel (o judeu Vinz).

Por Márcio Cruz

Drama

Universal

01

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2007