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A Suprema Felicidade

Redação Publicado em 10/11/2010, às 12h25 - Atualizado em 12/11/2010, às 02h09

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Divulgação
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Arnaldo Jabor

Marco Nanini, Dan Stulbach, Elke Maravilha

Um retrato saudosista e melancólico do Rio de Janeiro dos anos 50

Esqueça a acidez empolada dos comentários de Jabor, marca registrada de suas aparições na mídia. Em A Suprema Felicidade, o diretor está mais preocupado em projetar uma narrativa intimista com cara de autobiografia do que discutir o seu país. Com uma abertura em lettering de um trecho do poema Memória, de Carlos Drummond, o cineasta deixa clara sua vontade de enaltecer a ingenuidade de uma época em vez de metralhar os dias de hoje. São os anos 40 e 50, fim da 2ª Guerra, período de transformações que é o pano de fundo para acompanhar a juventude de Paulinho e suas descobertas e desilusões. Decepcionado com a crise do casamento de seus pais, o protagonista busca inspiração na malandragem carioca e nas histórias e experiências da vida boêmia de seu avô, quando passa a ter contato com os bordéis e cabarés da cidade. Embora esse panorama pareça um álbum de fotografia esfarelado, é nele que Jabor consegue captar os mistérios do universo feminino com vontade, com delicadeza e sem falsos pudores.

Por Érico Fuks