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Um Morcego na Porta Principal

Redação Publicado em 11/03/2010, às 08h10 - Atualizado às 10h29

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Jards Macalé em ritual pré-show - Divulgação
Jards Macalé em ritual pré-show - Divulgação

Marco Abujamra e João Pimentel

Documentário desvenda o trabalho do “maldito” Jards Macalé

Imagine-se esta cena: “vocês vão fazer sozinhos essa história? Eu posso processá-los se eu não gostar! Uma catástrofe. Vocês podem desconstruir tudo o que eu construí. A vida, a minha própria vida pessoal”, diz o personagem ao diretor. Essa sequência, pura provocação, atende à fama de perseguido que ronda a biografia de Jards Anet da Silva, o Macalé. Vencedor do prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio, em 2008, Um Morcego na Porta Principal retrata por meio de entrevistas e depoimentos de amigos, entre eles, Jaguar, Nelson Motta, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Nelson Pereira dos Santos, Luís Melodia, José Celso Martinez Corrêa, Chacal e Abel Silva, o perfil de um dos mais inventivos criadores no panorama da música brasileira, autor das emblemáticas “Vapor Barato”, “Movimento dos Barcos” e “Gothan City”. Essas parcerias com Waly Salomão e Capinam são canções que refletem tempos sombrios. A ausência do depoimento do “parceiro” Caetano Veloso, de tão descarada, soa muito significativa. Por que será? Digno de nota é o depoimento de Zé Celso: “Macalé é um semideus, maldito é o sistema”.

Antonio do Amaral Rocha