Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Da Poesia

Hilda Hilst

Bruna Veloso Publicado em 22/06/2017, às 17h20 - Atualizado às 17h23

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Da Poesia - Hilda Hilst - Reprodução
Da Poesia - Hilda Hilst - Reprodução

Hilda Hilst amargou a dor de testemunhar uma obra que sabia majestosa – a dela – não ser devidamente reconhecida. Cansada de se ver muitas vezes ignorada, chutou todas as portas ao lançar O Caderno Rosa de Lori Lamby (1990), o livro inaugural de sua fase erótica, a que deu início como uma provocação: tinha consciência de que não seria mais invisível com aqueles textos, que muitos consideraram escandalosos e de mau gosto (são, na verdade, por vezes cômicos, por vezes rascantes, e em todas elas preciosidades da nossa literatura). Funcionou. Tempos mais tarde, quem chegava a tais livros acabava se deparando com os 45 anos que Hilda dedicou à poesia, reunidos neste volume. Não há como sintetizar a importância dessa obra, na qual a escritora caminhava com versos de dor, amor, sensualidade, finitude, espiritualidade... Uma obra humana, enfim. “Somos crianças nesta noite escura. Tudo mais não sabemos”, ela escreveu em “Do Amor Contente e Muito Descontente” (Roteiro do Silêncio, 1959). De uma coisa, hoje, sabemos: Hilda foi uma das maiores escritoras que o Brasil já deu à luz.

Fonte: Companhia das Letras