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Música / Rock

A crítica de Dee Snider ao modelo atual de shows do Metallica

Banda percorre o mundo com a turnê M72, que conta com duas apresentações em cada cidade, sempre com repertório diferente

James Hetfield e Dee Snider (Foto: Getty Images)
James Hetfield e Dee Snider (Foto: Getty Images)

A M72, atual turnê do Metallica, tem feito enorme sucesso por onde passa. Para além da popularidade da banda, o conceito por trás da excursão tem sido marcante: são realizados dois shows em cada cidade, sempre com repertórios 100% diferentes um do outro e alterando até mesmo as atrações de abertura.

O grupo tem tomado cuidado para distribuir seus maiores hits durante as duas noites — ainda que a maior parte dos fãs esteja comprando ingressos para ambas as datas. Mesmo assim, o formato foi alvo de críticas recentemente por Dee Snider, vocalista do Twisted Sister.

Durante entrevista ao podcast Shout It Out Loudcast(via site Igor Miranda), Snider, que é notório por não ter papas na língua, disse até que dá crédito ao Metallica pela iniciativa. Porém, declarou que a proposta “só atrai uma pequena parcela do público”.

Snider fez aquilo que mais gosta: opinar sobre o trabalho alheio. E teceu algumas críticas à estratégia adotada pelos gigantes do heavy metal.

“A maioria dos que vão a esses shows — não apenas o Metallica, mas bandas como Kiss e Twisted Sister também – está lá pelos hits. A porcentagem de pessoas que conhecem as músicas menos celebradas estão dispostas a aceitar não ouvir ‘Enter Sandman’ uma noite representa um grupo muito pequeno.”

O próprio Twisted Sister se deu mal ao tentar um repertório sem hits durante seu show de reunião New York Steel, em 2001. 

“Os outros caras queriam fazer um setlist com músicas raras. Colocaram algumas coisas dos tempos de bar no repertório. Como era o primeiro show juntos em anos, não quis causar nenhum problema. Mas lembro que tocamos essas canções e o público estava morto. Cerca de oito mãos erguidas no ar, dava para contar.”

Show sem hits é “egoísmo”

Por fim, Dee Snider descreveu como “egoísmo” fazer um show sem os maiores sucessos de sua banda.

“Atende a uma parte muito pequena do público. A menos que você esteja comprando os dois ingressos – e talvez seja a ideia. Mas o público do Metallica cresceu muito além de apenas fãs hardcore. Eles têm sucessos.”

Outro exemplo de banda grande foi citado pelo cantor do Twisted Sister. Em 2006, o Iron Maiden executou seu então novo disco A Matter of Life and Death na íntegra, o que gerou revolta em meio aos fãs.

“Eles se recusaram a tocar qualquer um de seus sucessos. O público ficou furioso. Bruce gritava com a multidão porque eles não estavam se divertindo. Foi egoísta fazer isso. Tanto que a seguir eles fizeram outra turnê com apenas os maiores sucessos, tiveram que compensar os fãs.”

Repertório do Metallica

Normalmente o Metallica executa os seguintes setlists nas duas noites da M72:

Primeira noite

  1. "Orion"
  2. "For Whom the Bell Tolls"
  3. "Holier Than Thou"
  4. "King Nothing"
  5. "Lux Æterna"
  6. "Screaming Suicide"
  7. "Fade to Black"
  8. "Sleepwalk My Life Away"
  9. "Nothing Else Matters"
  10. "Sad but True"
  11. "The Day That Never Comes"
  12. "Ride the Lightning"
  13. "Battery"
  14. "Fuel"
  15. "Seek & Destroy"
  16. "Master of Puppets"

Segunda noite

  1. "The Call of Ktulu"
  2. "Creeping Death"
  3. "Leper Messiah"
  4. "Until It Sleeps"
  5. "72 Seasons"
  6. "If Darkness Had a Son"
  7. "Welcome Home (Sanitarium)"
  8. "You Must Burn!"
  9. "The Unforgiven"
  10. "Wherever I May Roam"
  11. "Harvester of Sorrow"
  12. "Moth into Flame"
  13. "Fight Fire with Fire"
  14. "Whiskey in the Jar"
  15. "One"
  16. "Enter Sandman"