Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

A opinião de Paul McCartney sobre o Oasis, banda tão inspirada pelos Beatles

Músico não costumava criticar o grupo de Manchester, mas reviu suas falas após declaração infeliz de Noel Gallagher

Paul McCartney (Foto: Kevin Winter/Getty Images)
Paul McCartney (Foto: Kevin Winter/Getty Images)

A influência dos Beatles pode ser sentida na música popular como um todo, mas, claro, há bandas que se inspiraram ainda mais no lendário grupo de Liverpool. Uma delas é oOasis, que nunca negou a referência, embora seus líderes, os irmãos Liam (voz) e Noel Gallagher (guitarra), deem algumas declarações estranhas sobre os próprios ídolos de vez em quando.

Nós sabemos que os Gallaghers amam os Beatles, mas o que será que Paul McCartney, único da dupla Lennon-McCartney a ver o grupo em atividade, pensa sobre o Oasis? O site Rock and Roll Garage compilou uma série de falas de Paul, ao longo dos anos, a respeito do fenômeno britpop.

+++LEIA MAIS: O pior disco do Oasis, na opinião de Noel Gallagher

A primeira declaração resgatada não é nada boa. E há motivo para isso. Em 1996, Noel Gallagher disse à MTV que os dois álbuns iniciais do Oasis,Definitely Maybe (1994) e (What’s The Story) Morning Glory? (1995)faziam sua banda ser maior que os Beatles.

Embora o guitarrista tenha dito em 2015 que estava sob efeito de entorpecentes quando disse isso, McCartney não gostou nada do que ouviu. Ao jornal Irish Times, em 1997, o Beatle definiu os Gallaghers como “vulgares” e afirmou que eles “pensam demais em si próprios”. “Não significam nada para mim”, completou.

+++LEIA MAIS: Liam Gallagher responde Matty Healy, do The 1975, se Oasis voltará"Liam Gallagher", "Noel Gallagher", "inteligência artificial", "álbum perdido", IA, Oasis, disco, entretenimento, música, notícia, álbu

Paul McCartney esclarece opinião sobre o Oasis

Com o passar dos anos, os integrantes do Oasis começaram a tomar mais cuidado em suas entrevistas. Naturalmente, Paul McCartney também aliviou para o lado deles. Mas em 2001, durante entrevista ao radialista Howard Stern, o Beatle disse que só começou a criticá-los porque eles já estavam falando bobagem antes.

“Todo mundo pergunta o que eu acho do Oasis, já que eles soam tão como os Beatles. Cansei dessa pergunta. Mas eu respondia: ‘eles são ok, desejo boa sorte’. São jovens e o mundo é complicado, então, só quis ajudar. Mas aí eles começaram a falar mal de nós, dizer que são muito melhores, então isso me chateou. Não falei tão mal deles, só disse que eles são vulgares.”

Tempos depois, em 2016, Paul falou com a revista Q sobre como essa declaração infeliz de NoelGallagher apenas aumentou a frequência das comparações com os Beatles.

“O Oasis era jovem, tinha frescor e fazia boas músicas. Achei que o maior erro que eles cometeram foi quando disseram: 'vamos ser maiores que os Beatles'. Eu pensei: ‘tantas pessoas disseram isso, mas isso acaba sendo o beijo da morte dessas pessoas’. Seja maior que os Beatles, mas não diga isso. No minuto em que você disser isso, tudo o que você fizer a partir de então será analisado à luz dessa declaração.”

Torcida pela reunião dos irmãos Gallagher

Um ano antes, em sessão de perguntas e respostas em seu site (via Rolling Stone EUA), McCartney destacou que gostaria de ver a volta do Oasis. A banda encerrou suas atividades no ano de 2009, em meio a brigas entre Liam e Noel.

“Meu conselho para eles? Basta se reunir e fazer boas músicas. Mas eles têm que querer fazer isso. Muitas pessoas gostariam que eles fizessem isso. São caras muito legais.” Não sei se eles vão fazer as pazes. Seria bom porque acho que todo mundo gosta que irmãos se gostem e façam as pazes. É uma pena, porque eles são muito bons juntos. Como muitos irmãos, eles são loucos, mas seria bom se eles ficassem juntos.”

Ao que tudo indica, os próprios irmãos concordam. Liam tem se mostrado mais aberto ao retorno, enquanto Noel deu um raro sinal ao afirmar, em entrevista de janeiro último à BBC que não se pode dizer “nunca” para uma reunião do Oasis. Porém, o guitarrista garantiu:

“Mas teria que ser diante de uma série de circunstâncias extraordinárias. Isso não quer dizer que essas circunstâncias nunca aconteceriam. Ainda sou apaixonado por compor e pelos processos criativos. A coisa toda nunca envelhece para mim.”