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BADSISTA celebra show no Tomorrowland 2023: 'Música sempre quebrou barreiras' [ENTREVISTA]

Para Tomorrowland Brasil 2023, BADSISTA quer 'incluir muita música de talentos do gueto para que eles tenham a visibilidade que merecem!'

Redação Publicado em 26/06/2023, às 13h15

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BADSISTA (Foto: Divulgação)
BADSISTA (Foto: Divulgação)

Uma das atrações mais interessantes do Tomorrowland Brasil 2023, Rafaela Andrade, mais conhecida como a DJ e produtora musical BADSISTA, tem uma arte carregada de discursos importantes em questões políticas e sociais - e promete uma apresentação diversa para o festival de música eletrônica, um dos maiores do mundo.

Em entrevista à Rolling Stone Brasil, BADSISTA falou sobre os preparativos e expectativas para o aguardado show no Tomorrowland, o qual acontece entre os dias 12 e 14 de outubro, no Parque Maeda, em Itu.

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"Espero me divertir muito! E também espero mostrar toda a diversidade, força e talento que temos na música eletrônica brasileira e no gueto. Música e dança são o que nos une, e sei que seremos um grande corpo único em êxtase, aproveitando essa grande viagem juntos," afirmou.

Além disso, a artista também falou sobre a evolução da carreira e todas os marcos importantes que atingiu nos últimos anos: "Parece que tenho tomado os passos certos desde o início. As recompensas dos últimos anos de trabalho árduo têm sido muito gratificantes, e sei que o Tomorrowland será mais um presente."

Minha música sempre quebrou barreiras e me levou a lugares maravilhosos como podemos ver. Será uma honra mostrar minha música ao público do maior festival de música eletrônica do Brasil e do mundo.
BADSISTA
BADSISTA (Foto: Divulgação)

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Vale lembrar como, no Primavera Sound São Paulo 2022, BADSISTA foi destaque em diversas manchetes (e na internet) por colocar um meme do bolsonarista agarrado a caminhão no telão do show dela no festival. Para ela, é de extrema importância a realização de manifestações desse tipo.

"Para mim, ser quem sou e vir de onde venho sem patrocinadores diz muito. Também sei que tenho muitos olhos sobre mim, então não gosto de fingir ser algo que não sou," explicou. "Conheço a importância que carrego como artista, então também tento fazer com que esses olhos vejam coisas que também importam."

Parei de tentar defender isso apenas em discurso, mas também por meio de atitudes. Principalmente, dentro da minha música e experiência de performance.

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Em outro momento, BADSISTA adiantou se pretende fazer algo de cunho político no Tomorrowland Brasil 2023: "Espero incluir muita música de talentos do gueto para que eles tenham a visibilidade que merecem!" Leia a entrevista completa abaixo:


Qual é a sua opinião sobre a realização do Tomorrowland no Brasil e de fazer parte de um dos maiores eventos de música eletrônica do mundo?
Parece que tenho tomado os passos certos desde o início. As recompensas dos últimos anos de trabalho árduo têm sido muito gratificantes, e sei que o Tomorrowland será mais um presente. Minha música sempre quebrou barreiras e me levou a lugares maravilhosos como podemos ver. Será uma honra mostrar minha música ao público do maior festival de música eletrônica do Brasil e do mundo.

Quais são as suas expectativas para o show? O que os fãs podem esperar?
Espero me divertir muito! E também espero mostrar toda a diversidade, força e talento que temos na música eletrônica brasileira e no gueto. Música e dança são o que nos une, e sei que seremos um grande corpo único em êxtase, aproveitando essa grande viagem juntos.

Quais são seus rituais ou práticas antes de subir ao palco?
Antes de subir ao palco, gosto de ver a pista de dança, ver as pessoas dançando, entender a vibe que está rolando, e depois me concentrar por alguns minutos antes de entrar. Evito muitas distrações porque gosto de estar 100% na minha performance, pela música e pelo meu público.

Sua apresentação no Primavera Sound teve um impacto significativo com uma exibição política nas telas. Para você, qual é a importância de abordar esses assuntos em seus shows e músicas?
Para mim, ser quem sou e vir de onde venho sem patrocinadores diz muito. Também sei que tenho muitos olhos sobre mim, então não gosto de fingir ser algo que não sou. Conheço a importância que carrego como artista, então também tento fazer com que esses olhos vejam coisas que também importam. Parei de tentar defender isso apenas em discurso, mas também por meio de atitudes. Principalmente, dentro da minha música e experiência de performance.

Você planeja incorporar elementos políticos em sua apresentação no Tomorrowland Brasil?
Espero incluir muita música de talentos do gueto para que eles tenham a visibilidade que merecem!

BADSISTA
BADSISTA (Foto: Divulgação)

Você é conhecida pela sua mistura única de gêneros musicais. Você pode nos falar um pouco sobre o processo de seleção musical? Podemos esperar um lançamento de música no TML?
Eu misturo muitos ritmos, sim, mas há apenas uma coisa que os une em um só lugar: o bass. Gosto de músicas que te colocam em transe através do bass e do ritmo. Podem ou não ter melodias, mas com certeza você vai lavar seu corpo na pista de dança com muito bass e um toque de vibrações sensuais. Sobre novidades no Tomorrowland, nada a comentar ainda!

Além da sua música, você também é reconhecida como uma artista visual. Podemos esperar colaborações visuais especiais ou performances artísticas durante a sua apresentação no Tomorrowland Brasil?
Adoro trabalhar em colaboração com outros artistas. Só encontrei meu caminho quando me senti livre para criar, então também gosto de colaborar com artistas que vivem a liberdade e não têm medo de inovar. Então, com certeza terei visuais no TML porque sou uma grande nerd, amo tecnologia e gosto de proporcionar uma experiência completa.

O que podemos esperar do futuro de BADSISTA?
BADSISTA está assumindo muitas faces, mas uma coisa é clara: mais música interessante. Tem um novo EP chegando pelo selo colombiano TraTraTrax, também estou começando a produzir meu segundo álbum de estúdio, então estou 100% pronta para mergulhar como uma louca e fazer algumas colaborações bacanas, realmente amo as conexões que a música pode criar. Mas, sim, estou me sentindo mais madura e preparada para o que o mundo pode me oferecer.