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Quando vovozinha 'peitou' Jimmy por xingamentos em show do Matanza

Vocalista é conhecido por falar um pouco demais durante apresentações ao vivo, o que lhe rendeu um episódio curioso em aeroporto

Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 28/12/2022, às 18h15

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Matanza (Foto: Divulgação / Site Oficial)
Matanza (Foto: Divulgação / Site Oficial)

Quem é fã do Matanza certamente já se deparou com a curiosa introdução que o vocalista Jimmy London costumava fazer à música “Bom é Quando Faz Mal” durante os shows. A fala chegou a ser eternizada no álbum ao vivo MTV Apresenta Matanza – O Bom, Velho e Fedorento, lançado em 2008.

Inicialmente, Jimmy adota um tom de voz mais ameno para “falar sério” com o público. Ele diz: “Tem que parar aqui porque estou muito preocupado. Estou muito preocupado com essa juventude aí. Essa juventude aí, brother, ó… tá bebendo demais, tá fumando demais. Estou preocupado. calor aqui dentro, lá fora maior frio. Vocês trouxeram um casaquinho? Vocês não trouxeram um casaquinho?”

Voltando ao seu timbre rasgado, rebate a si próprio: “Casaquinho? Tá maluca, vovó? Vai tomar no c*, vovó. Porque bom… bom mesmo… bom é quando faz mal!”

Obviamente, trata-se de uma encenação para fazer graça e empolgar a plateia. No entanto, em entrevista a IgorMiranda, o cantor revelou que a brincadeira já o colocou em uma situação curiosa de confronto com uma senhora em um aeroporto.

“Acho que esse álbum ao vivo captura a essência um pouquinho demais, tem aquelas m#rdas que eu falava durante o show. Ouço e penso: ‘Não acredito que eu falava isso, não é possível que eu achasse viável de se dizer’ [risos]. Uma vez, eu estava dentro do aeroporto, aí veio uma senhora e me falou: ‘Oi, tudo bem? Eu sou a vovozinha da sua música, pode me mandar tomar no c#’ [risos]. Eu disse: ‘Cara***, senhora, como assim?’ Eu nunca mandaria uma senhora tomar no c*.”

Isso leva a outro questionamento que alguns fãs já devem ter feito em algum momento da vida, especialmente quando percebem que Jimmy é um sujeito cortês e dono de uma fala eloquente: será que o vocalista do Matanza é apenas um personagem? Ele nega e explica seu ponto de vista:

“De repente, posso ser assumido por algum tipo de demônio que me faz falar bobagens [risos]. Eu nunca faria algo assim na minha vida, mas está gravado lá. As pessoas falam: ‘ah, mas você faz isso [no palco]’. E eu digo: se você estivesse na fila do banco, você iria ficar batendo cabeça, levantando o braço e berrando?. Seja no público ou no palco, ninguém faz coisas que faria no dia-a-dia. Estamos tomados pelo demônio do show – e que bom, pois não confio em pessoas que saem do palco de camisa seca, sem passar por aquilo. Se você subiu no palco e não se emocionou, não foi tomado por alguma coisa… desculpa, tem algo errado.”

Fim do Matanza e novos projetos

Matanza encerrou atividades em 2018. Jimmy London envolveu-se com o Rats e montou o Matanza Ritual, que inicialmente tem se dedicado a tocar músicas do antigo repertório, enquanto o guitarrista Marco Donida, o baixista Dony Escobar e o baterista Jonas criaram o Matanza Inc, com aposta em novas composições.

A entrevista completa com Jimmy pode ser assistida no player abaixo.